Lamego: Bispo pede «mudança» missionária

D. António Couto escreve carta pastoral dedicada à evangelização

Lamego, Viseu, 16 dez 2013 (Ecclesia) – D. António Couto, bispo de Lamego, apresentou a carta pastoral “Ide e fazei discípulos”, para o ano 2013/2014, e revelou este tema “implica mudança de lugar e de modo” na vida das comunidades católicas.

“Aquele ‘Indo, fazei discípulos de todas as nações’ é a missão sem fim que é colocada diante dos nossos olhos, pois todas as nações são todos os corações. E ‘Indo’ é não ficar aqui ou ali à espera. Implica mudança de lugar e de modo: não ficar aqui ou ali e não ficar assim”, explica D. António Couto, que se inspirou no Evangelho de São Mateus [28, 16-20] para este convite/desafio que apresenta à Diocese de Lamego.

O bispo revela que “na esteira dos Padres Conciliares” e no “seguimento da Nota Pastoral ‘Promover a Renovação da Pastoral da Igreja em Portugal’ da Conferência Episcopal Portuguesa [Abril de 2013] a Igreja de Lamego propõe-se “trilhar” cinco rumos: “Primado da graça e nova mentalidade”; “Comunhão para a missão”; “Missão de todos para todos”; “Testemunhar a fé revitalizada” e “Fomentar iniciativas de iniciação cristã e de formação”.

No primeiro rumo, o bispo diocesano pretende que os fiéis de Lamego formem comunidades “assentes no primado da graça, da contemplação, da comunhão e da oração” porque “o essencial” da vivência cristã e dos frutos pastorais “não depende tanto do esforço de programação e da multiplicação dos passos e afazeres mas sobretudo da transformação da mente e da conversão do coração”.

As comunidades devem ainda formar-se para serem “autênticas escolas de vivência da fé e da comunhão” que geram “laços de fidelidade, de proximidade e de confiança”, prossegue D. António Couto, que considera ser “a primeira forma de missão”.

Em a “missão de todos para todos”, existe o alerta para que “todos os itinerários de catequese e de formação cristã” assumam a “perspetiva missionária como elemento central quer a nível de conteúdos quer de método”.

No quarto rumo, o prelado explica que “processo de revitalização do tecido pastoral da Igreja em Portugal” a palavra “tem de ser viva, saboreada e saborosa” com “esperança ativa” e o testemunho, desde todos os consagrados aos crentes, “tem de ser sem disfarce e sem estratégias, humilde, atento, comovido, próximo e acolhedor, profético e evangelizador”.

No mundo e na sociedade atual, onde os “caminhos para a fé se encontram cada vez mais rarefeitos”, D. António Couto pretende uma aposta “mais intensa e dinâmica” na iniciação cristã das crianças/jovens e na catequese de adultos para além de considerar “prioritária” a formação cristã de “todos, particularmente dos agentes pastorais e dos líderes cristãos”.

CB/OC

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