Monges da comunidade ecuménica partilharam várias mensagens de responsáveis religiosos e políticos, como António Guterres
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Cidade do Vaticano, 27 dez 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco incentivou os participantes do Encontro Europeu de Taizé a “aprofundar” o tema ‘Sempre na estrada, nunca desenraizado’ que vai congregar milhares de jovens, a partir deste sábado, em Wrocław, na Polónia.
“Estejam sempre prontos para começos novos, para testemunhar o Evangelho e para estar plenamente disponíveis para as pessoas ao vosso redor, especialmente os mais pobres e infelizes”, lê-se na mensagem assinada pelo secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin.
O Papa Francisco lembra aos jovens que a Polónia é a “terra-natal do Papa João Paulo II” e que o seu sucessor acompanha-os “com a oração e encoraja a aprofundar” o tema que os reúne em Wrocław ‘Sempre na estrada, nunca desenraizado’, com os cristãos da Polónia.
“A Polónia é um país que tem suas raízes na fé. São essas raízes que permitiram que essas pessoas se sustentassem nas grandes provações, quando a esperança foi abalada”, assinala.
Neste contexto, acrescenta que, até dia 1 de janeiro, os participantes do Encontro Europeu da Comunidade de Taizé vão descobrir que “há muito a aprender” com os que “permaneceram fiéis a Cristo” quando a tentação teria sido “ceder” mas esses cristãos “ousaram acreditar” noutro futuro.
Francisco espera que os participantes possam descobrir “juntos” que “profundamente enraizado na fé os chama e prepara” para ir ao encontro dos outros e “responder aos novos desafios das sociedades, em particular, os perigos sobre a casa comum”.
Na mensagem, assinada por D. Pietro Parolin, lê-se que o Papa abençoa “todos” os que participam no encontro europeu: “Jovens, os irmãos da Comunidade de Taizé, as famílias e as paróquias que os recebem”.
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No seu sítio online, os monges partilharam as mensagens que foram enviadas aos participantes do 42º Encontro Europeu de Taizé, que se realiza em 28 de dezembro e 1 de janeiro, em Wroclaw, como: Do patriarca Ecuménico Bartolomeu, do patriarcado de Moscovo, o arcebispo de York, do secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, e da diretora executiva da Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial.
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, recordou que participou numa reunião em Taizé, “quando era estudante universitário”, e “essas memórias permanecem vivas”.
“Admiro muito os seus esforços para reunir pessoas de tantos países e tradições; A cooperação internacional é mais importante do que nunca, e o mundo precisa dos jovens, em particular, para continuar pressionando por ações, soluções e mudanças”, desenvolveu, e fez “um apelo especial” aos jovens para agirem “em nome do clima”.
A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, recorda que este ano comemora-se o “30º aniversário do desmantelamento da cortina de ferro e a queda do Muro de Berlim”.
Neste contexto, a política alemã pediu aos jovens para pensarem na “coragem de todos que lutaram pela liberdade”, em todos que “defenderam os seus valores”, no que “unidade, paz e reconciliação” significavam para eles.
A comunidade de Taizé (França), a cerca de 360 quilómetros de Paris, congrega uma centena de monges, de várias Igrejas cristãs e de mais de 30 países, unidos como “sinal de reconciliação entre os cristãos e os povos separados”; Fundada a 20 de agosto de 1940, por Roger Schutz, pastor protestante suíço, e começou por acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
CB