Juventude: Cracóvia recebeu encontro europeu da Comunidade de Santo Egídio

Jovens desafiados a «reagir» e a construir a paz num «mundo globalizado»

Foto: Comunidade de Santo Egídio – Encontro de Jovens Europeus 2019

Lisboa, 22 jul 2019 (Ecclesia) – A Comunidade católica de Santo Egídio realizou o seu 9.º Encontro Europeu de Jovens em Cracóvia, que contou com a participação de uma delegação de Portugal, entre 19 e 21 de julho.

“Devemos entender e reagir. Levante-se! Reaja, isto é, torne-se grande por dentro. Reagir significa falar, entrar em diálogo. Cada um de nós pode transformar a angústia experimentada em Auschwitz em algo diferente: Depois de ver as consequências da desumanização, tentamos construir algo humano”, disse o presidente da comunidade, Marco Impagliazzo, no final do encontro.

Numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, a Comunidade de Santo Egídio Portugal informa que 1000 jovens de 16 países europeus estiveram em Cracóvia para participar num encontro “oitenta anos após a eclosão da Segunda Guerra Mundial”.

‘A amizade global para viver juntos em paz’ foi o lema agregador entre 19 e 21 de julho onde os jovens “relembraram o horror da Segunda Guerra Mundial, o abismo da Shoah e do Porrajmos (o extermínio de Roma e Sinti)”.

Segundo a comunidade católica, estes dias na cidade polaca foram “importantes para fortalecer uma sociedade inclusiva” e para que renasça “o sentimento de viver junto neste mundo globalizado”.

“Nestes últimos anos temos assistido a um ressurgimento do antissemitismo e do racismo, a difusão de slogans contra os refugiados e de atitudes intolerantes, especialmente entre os jovens, dos movimentos nacionalistas, soberanos e xenófobos, em toda a Europa”, observa Santo Egídio.

Em Cracóvia, os jovens ouviram o depoimento de Lídia Maksymowicz, sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz – Birkenau, onde esteve em da criança, e foi “vítima de experiências dos médicos nazistas”.

Foto: Comunidade de Santo Egídio – Delegação portuguesa no Encontro de Jovens Europeus 2019

O movimento ‘Jovens pela Paz’ ligado à comunidade católica promoveu este “grande encontro internacional para lançar uma mensagem de unidade e paz”, e todos os dias empenha-se em trabalhar “com crianças em dificuldade, os sem-abrigo, os idosos sozinhos “.

Em 2020, os ‘jovens pela paz’ têm o seu encontro europeu em Amesterdão, na Holanda, entre 28 e 30 de agosto.

A comunidade conhecida como a “pequena ONU católica” foi fundada no bairro italiano de Trastevere, em Roma, por Andrea Riccardi, professor de história contemporânea, em 1968.

Trata-se de um organismo reconhecido pela União Europeia e pelo Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), pelo trabalho em prol dos direitos humanos e da paz, a nível internacional.

Em 2014, a Comunidade de Santo Egídio recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian pela sua ação em favor da paz no mundo e junto dos mais pobres.

CB

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Agência ECCLESIA

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