Justiça no campo da saúde deve ser uma prioridade dos governos

Alerta Bento XVI, numa mensagem à 25ª Conferência Internacional do Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde

Numa mensagem à Conferência Internacional da pastoral da saúde, Bento XVI pede para que a justiça no campo da saúde seja uma prioridade dos governos.

“A justiça da saúde deve ser uma das prioridades na agenda dos governos e das instituições internacionais”, sublinha.

“O mundo da saúde não se pode subtrair as regras morais que o devem governar para que não se torne desumano”. Nesse sentido, é importante instaurar uma verdadeira justiça distributiva que garanta a todos tratamentos adequados” disse.

O Papa condena o uso de técnicas artificiais de reprodução e a destruição de embriões, ou a “eutanásia legalizada”.
   
A “chamada ‘saúde reprodutiva’, com o recurso de técnicas artificiais de procriação que envolve a destruição de embriões, ou a eutanásia legalizada, fere e é contrária à justiça sanitária”, alerta.

“O amor à justiça, à tutela da vida desde a sua concepção até ao término natural, o respeito da dignidade de cada ser humano, são sustentados e testemunhados, mesmo contra a corrente: os valores éticos fundamentais são património comum da moral universal e base da convivência democrática”.

Entre 18 e 19 de Novembro decorre, no Vaticano a XXV Conferência Internacional do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, tendo como tema “Caritas in Veritate. Para um cuidado equitativo e humano da saúde”.

A saúde é um “bem precioso para a pessoa e para a colectividade, bem a promover, conservar e tutelar, com os meios, recursos e energias necessários para que mais pessoas dela possam usufruir”.

Infelizmente, acentua Bento XVI, “ainda hoje permanece o problema de muitas populações do mundo que não têm acesso aos recursos necessários para satisfazer o problema de muitas populações do mundo que não têm acesso aos recursos necessários para satisfazerem as necessidades fundamentais, de modo particular no que diz respeito à saúde”.

Na sua mensagem aos cerca de 600 especialistas, Bento XVI insiste na íntima ligação entre justiça e caridade, na perspectiva cristã. “A justiça não é alheia à caridade, não é uma via alternativa ou paralela à caridade. Mais ainda: a justiça é inseparável da caridade, é intrínseca a ela, é a primeira via da caridade”.

“Não podemos excluir ninguém da saúde ou prestar-lhe cuidados inferiores. As actuais desigualdades na assistência sanitária exigem que se empreenda uma acção corajosa”, disse na conferência de imprensa para anunciar o encontro, o presidente do CPPS, arcebispo Zygmunt Zimowski.

(Com Rádio Vaticano)

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