Lisboa, 14 dez 2015 (Ecclesia) – O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa considera que o Papa convocou o Ano Santo da Misericórdia para que as sociedades “não se desequilibrarem mais do que estão”.
“Misericórdia, fazer bem, com o coração, obras corporais e espirituais, isso pode ajudar o mundo a ser melhor, especialmente para aqueles que vivem pior”, disse Pedro Santana Lopes à Agência ECCLESIA, este domingo, durante a abertura da Porta Santa da igreja de São Roque.
Neste contexto, o provedor da Santa Casa da Misericórdia mais antiga de Portugal considera que este ano especial “faz crescer a obrigação” de “avaliar se está à altura da sua missão e do dever” de procurarem estar junto dos que mais precisam, de “os ajudar em permanência”.
“No respeito pela matriz cristã e católica das Misericórdias. É esse o desafio que assumimos interiormente com humildade e procurar saber todos os dias se estamos à procura daquilo que nos é exigido”, desenvolveu.
Já o reitor da igreja de São Roque, e capelão privativo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, observou que o jubileu é “uma espécie de regresso às origens”, de quando foi estabelecido que um conjunto de pessoas “se dedicassem à misericórdia” através das Obras Materiais e Espirituais.
“É essa herança que a Santa Casa recebeu e procura praticar. Por isso, tem todo o sentido estarmos neste dia a dar o sinal individual e coletivo deste espírito de misericórdia e esperança”, comentou o padre António Vaz Pinto.
O sacerdote destacou ainda que esta cerimónia realizou-se liturgicamente no dia da alegria, onde o padre se paramenta de cor-de-rosa: “Alegria do perdão, da misericórdia, tem sabor particular para a igreja da misericórdia.”
Este ano Jubilar, segundo Pedro Santana Lopes, vai ser vivido pela instituição “trabalhando muito” o tema da intergeracionalidade, a junção das gerações, “a rejeição de guetos geracionais”.
O entrevistado explicou que até 20 de novembro vão ter um programa com comemorações próprias, com a Irmandade de São Roque, com a Universidade Católica Portuguesa e com as outras Misericórdias.
“Programas de cariz religioso, outros mais civis, culturais e marcos como edição de moeda, com os CTT, esses mais simbólicos”, concluiu o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
PR/CB