Jubileu: D. Rui Valério elogia «senda da esperança» que orienta ação de militares e polícias

Responsável presidiu à abertura do ano jubilar no Ordinariato Castrense

Lisboa, 29 dez 2024 (Ecclesia) – D. Rui Valério, administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, presidiu hoje à abertura do ano jubilar, na Igreja da Memória, Lisboa, destacando a importância da “esperança” para a construção de um país.

“O caminho trilhado ao longo dos séculos, percorrido pelos militares e pelas forças de segurança foram feitos na senda da esperança. Vitórias anunciadas, horizontes de conquistas vislumbrados foram o principal sustento e a principal luz que animou e inspirou aqueles que nunca cessaram de manter viva a chama da construção de Portugal”, disse o responsável católico, perante o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, os chefes dos Ramos, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e o presidente da Liga Portuguesa dos Combatentes, entre outros responsáveis.

Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, D. Rui Valério recordou que hoje se assinala a celebração da Sagrada Família, que integra o tempo do Natal no calendário católico, apresentando a família como “contexto de excelência para o desenvolvimento da esperança”.

“A família é uma comunidade de amor que se abre a outras comunidades para partilhar a esperança e a alegria de viver com e para os outros”, indicou.

Enquanto Forças Armadas e Forças de Segurança, sentimo-nos interpelados a olhar para o Ordinariato Castrense e reconhecer que constituímos e somos uma família. Estão vocacionadas à defesa da autodeterminação do país, à salvaguarda da paz e a garantir a segurança de todos os cidadãos; mas não se movem apenas pelo sentido do dever, militares e polícias são movidos principalmente pelo amor a Portugal e aos portugueses”.

A homilia destacou a importância da “memória” para encontrar “o sentido da esperança”, convidando os participantes a “ir à procura de Jesus”, como fizeram José e Maria.

“Somos um povo sonhador, mas não utópico porque nos anima a convicção de que não estamos sós, somos acompanhados e protegidos por Aquele que, como em Ourique, também hoje nos aponta para o Cristo crucificado e dilacerado nas cinco chagas, sinal de sofrimento, mas também de doação e, por isso, de vida nova que brota da entrega abnegada de amor pela humanidade”, acrescentou.

A homilia encerrou-se com a citação de um diálogo entre um capelão e um soldado, em La Lys, na Flandres, “num dos momentos mais trágicos da I Guerra Mundial”, na madrugada de 08 de abril de 1917: “Um soldado não morre, porque vive não só na memória e recordação dos camaradas, mas porque vive em Cristo e quem vive em Cristo, vive para sempre, porque a morte é porta para a vida eterna”.

As dioceses católicas de Portugal assinalam hoje, em todas as catedrais, o início do Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, conforme estipulado pelo Papa.

Na Bula ‘Spes non confundit’  (A esperança não desilude), Francisco determinou que, no dia 29 de dezembro de 2024, os bispos diocesanos celebrem a Missa como abertura solene do ano jubilar, segundo o ritual preparado para esta celebração.

OC

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