Jovens madeirenses em Missão

Apoio humano e social às populações de Moçambique Um grupo de jovens madeirenses partiu ontem em Missão para o norte de Moçambique. Durante um mês, vão dar apoio humano e social às populações residentes em duas comunidades onde os Dehonianos desenvolvem várias actividades. Acompanhados pelo Pe. Juan Noite, sete jovens da ALVD (Associação dos Leigos Voluntários Dehonianos) levam na bagagem instrumentos tradicionais madeirenses, considerando que a música é uma maneira de aproximar as duas culturas. Para o Pe. Adérito Barbosa, presidente da ALVD, esta é uma forma de proporcionar uma experiência de Missão aos jovens da Madeira, algo que não se tinha proporcionado até agora. “A Associação tem projectos de um ou dois anos, mas também esta modalidade de experiências mais curtas, acontecendo, por vezes, que estes decidem ficar mais tempo”, assinala à Agência ECCLESIA. A preparação para a viagem demorou um ano e os desafios agora, passa pela montagem de um laboratório de Química num centro polivalente, no Gurúè, com alunos e trabalhadores. Posteriormente, na missão do Alto Molocué, espera-os “um trabalho espectacular” junto da comunidade Dehoniana que tem, à sua responsabilidade, 250 comunidades cristãs. Ali, os religiosos “estão a acabar de montar um centro juvenil”, relata o Pe. Adérito Barbosa. Este responsável passou por Moçambique no mês passado, para preparar esta iniciativa e, sobretudo, para procurar novos projectos e alternativas para futuros grupos de voluntários. A ALVD é uma associação privada voluntária, autónoma, sem fins lucrativos, para o apoio humanitário e desenvolvimento comunitário em espírito de missão, numa dimensão eclesial e vinculada à Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos). Com os seus diversos projectos procura intervir em situações de necessidade, cooperando, em regime de voluntariado, na formação humana, social e cristã nos países em desenvolvimento. Para o Pe. Adérito Barbosa estas propostas de voluntariado são essenciais para promover valores como o da gratuitidade nos jovens, uma área que considera “não muito trabalhada, conhecida ou executada”. “O Valor da Gratuitidade na Educação dos Jovens” foi o título da sua tese de Doutoramento em Ciências da Educação, recentemente defendida, na sequência do trabalho desenvolvido nesta área, seja em conferências, seja com a publicação de livros. “Conclui que muitas instituições educativas, mesmo religiosas, não proporcionam iniciativas suficientes para educar os jovens a estes valores”, indica.

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