O Jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, considerou que o presidente dos EUA, Barack Obama, teve um tom mais conciliador em relação ao tema do aborto, na sua intervenção de Domingo na Universidade católica de Norte Dame, no Indiana.
Na edição em italiano do quotidiano sublinha-se que Obama confirmou que uma lei mais liberal do aborto não é uma prioridade da sua administração e que a busca de consensos “parece ser o caminho escolhido pelo presidente dos Estados Unidos” a respeito desta “delicada matéria”.
O Osservatore Romano destaca ainda que Obama deixou de lado o “tom estridente” da campanha presidencial a respeito do aborto.
Obama fora convidado pela Universidade católica, uma das mais importantes do país, para fazer o “commencement address”. Alguns sectores católicos pretendiam impedir que fosse concedida esta honra a um presidente “pró-escolha” em matéria de aborto e que promove a investigação com células estaminais.
No seu discurso, Obama não fugiu à polémica e deixou um apelo, apesar das discordâncias na questão do aborto: “vamos trabalhar em conjunto para reduzir o número de mulheres que procuram abortos, reduzindo a gravidez não desejada, tornando as adopções mais disponíveis e oferecendo cuidados e apoio às mulheres que efectivamente querem levar a sua gravidez até ao fim”.
“Vamos honrar a memória dos que discordam com o aborto”, completou.