Jornada Diocesana da Juventude animou Lisboa

Meio milhar de jovens de Lisboa foi ao encontro do seu bispo, no passado dia 3 de Maio. Em Carcavelos, na VII Jornada Diocesana da Juventude, os jovens deixaram a garantia a D. José Policarpo de que vão continuar a ‘remar contra a maré’. É um tema que nas últimas Jornadas Diocesanas da Juventude tem sido recorrente. Os jovens, durante a conversa com o seu bispo, questionam D. José Policarpo sobre como anunciar Cristo a quem não O conhece. No espaço aberto a perguntas, as questões colocadas a D. José Policarpo centraram-se ao nível da transmissão da fé. Segundo conta o padre Carlos Gonçalves, director do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa, “alguns animadores colocaram ênfase na questão de como transmitir a mensagem cristã e de como fazer chegar Jesus Cristo aos jovens como algo atractivo”. Paulo Santos, da paróquia de Olhalvo (Alenquer), era um dos mais de quinhentos jovens que esteve presente nesta conversa com o Patriarca de Lisboa. Não pôde estar presente da parte da manhã, mas à tarde fez questão de se deslocar até Carcavelos. Paulo queria estar com outros jovens e sentir o ambiente que se viveu naquele dia. Por ser o Domingo do Bom Pastor, Paulo Santos queria também estar com o seu bispo. “Já desde há vários anos que vou sempre às jornadas, pelo menos à conversa com o Senhor Patriarca e à celebração”, conta. Da conversa com o Cardeal-Patriarca, este jovem estudante de 28 anos guarda especialmente na memória a certeza de que os jovens não vão desistir. “Algumas das perguntas dos jovens iam no sentido de nós, cristãos, estarmos um pouco a ‘remar contra a maré’, num mundo em que quase não há princípios e em que parece que somos os únicos a tentar ‘levar isto para a frente’”. Paulo recorda as palavras de D. José Policarpo. “Vale a pena remar contra a maré! Há mais gente como nós. Não estamos sozinhos”, foi a certeza deixada pelo Patriarca de Lisboa. Paulo Santos pertence, desde há cinco anos, à Vida, a equipa da Vigararia X para a Pastoral Juvenil. As dificuldades para anunciar Cristo a outros jovens são muitas. Neste encontro, a juventude de Lisboa quis partilhar com D. José Policarpo estas dificuldades por que passam habitualmente os jovens cristãos. “Tentámos transmitir ao Senhor Patriarca as dificuldades de no grupo de amigos a maior parte deles nem ir à Igreja, nem terem pais católicos. E depois a dificuldade em assumirmos que somos católicos, somos praticantes, pertencemos ao grupo de jovens da paróquia”. Viver segundo os critérios do Evangelho A descristianização da sociedade é um problema que diz respeito não apenas os bispos, padres e religiosos, mas também aos leigos. Segundo o director Serviço da Juventude, os jovens sentem também como seu este desafio de anunciar Cristo vivo. “O Senhor Patriarca transmitiu a todos e a cada um uma mensagem de coragem e convidou-nos a continuar a dar testemunho de Cristo ressuscitado”, salienta o padre Carlos Gonçalves. Na conversa que manteve com os jovens da diocese, D. José Policarpo vincou também a importância de viver segundo os critérios do Evangelho e não com os critérios do mundo. Para o padre Carlos, este é um ponto central na fé cristã: “O Senhor e a Igreja não querem gente por obrigação, mas gente apaixonada por Cristo e pela Igreja”. D. José Policarpo iniciou o encontro com os jovens partilhando as suas reflexões pascais. “A importância de Cristo ressuscitado na vida dos jovens, o significado do baptismo e a certeza de que o ser cristão não é apenas aprender coisas, mas é sobretudo uma experiência forte de Cristo ressuscitado” foram, segundo o padre Carlos Gonçalves, alguns dos temas iniciais de conversa. Jovens contactam com a mensagem Paulina Toda a Jornada Diocesana da Juventude tinha um itinerário paulino. O objectivo, explica o padre Carlos Gonçalves, era “colocar os jovens em contacto com a mensagem e com a doutrina de São Paulo”. Tal como em anos anteriores, a manhã foi dedicada à reflexão. O Serviço da Juventude convidou diversos oradores que abordaram temáticas extraídas das cartas do apóstolo Paulo. “O fio condutor dos temas era a mensagem paulina ou, dito de outra forma, a mensagem cristã como tão bem Paulo no-la apresenta nas suas cartas e na sua doutrina”, explica o padre Carlos. Temas como a morte/vida (“Morte bem vivida” e “Quem quer viver para sempre?”), o amor (“Amor: mundo sem lei?” e “Porquê casar, se posso namorar?”) e a Igreja (“Igreja: ama-se ou suporta-se?”, “Quem tem medo da oração?”, “Vocação: posso escolher?” e “Corpo: templo ou dispensa?”), foram as propostas feitas pelo Serviço da Juventude. Um peddy-paper, jogos, stands de movimentos e propostas vocacionais concretas – “que desta vez foram mais incisivas” – marcaram também as jornadas, que terminaram com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Cardeal-Patriarca. Na sua homilia, D. José Policarpo partiu da temática do Bom Pastor para garantir aos jovens que o Cristo os conhece. “O Senhor conhece os nossos anseios, as nossas fraquezas, conhece as nossas verdades, mas também os nossos fingimentos. Aliás, conhece tão bem que acompanha cada um de nós e tem um projecto para cada um de nós”, assegura o director do Serviço da Juventude. Jesus diz: ‘As minhas ovelhas conhecem-me’. Partindo desta frase do Evangelho, o Patriarca de Lisboa questionou directamente os jovens: “Isso é mesmo verdade? Vocês conhecem-no?”. Para o padre Carlos Gonçalves, D. José Policarpo quis transmitir aos jovens “a importância do crescimento na fé que é conhecer amorosamente Jesus”. O último ponto focado pelo Patriarca de Lisboa na sua homilia foi a dimensão missionária da Igreja. “Descobrir Jesus Cristo é algo de decisivo na vida de uma pessoa”, disse D. José Policarpo, convidando os jovens a estarem atentos. A próxima Jornada Diocesana da Juventude está marcada para 2010. Será também no IV Domingo da Páscoa, mais concretamente no dia 25 de Abril.

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