Última edição do «Observatório da Cultura» reflecte sobre Arquitectura e Arte Religiosa
A próxima Jornada da Pastoral da Cultura, marcada para 25 de Junho, em Fátima, reflectirá sobre a “Igualdade”, anuncia o último número do “Observatório da Cultura”, dedicado à “Arquitectura e Arte Religiosa”.
A edição começa por evocar o trajecto dos padres Romano Guardini e Marie-Alain Couturier, que estão na génese do diálogo da fé com a arquitectura e as artes no século XX, com o propósito de estimular uma relação “ainda incipiente no nosso país”.
O boletim, publicado semestralmente pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, revisita as origens e os objectivos do Movimento de Renovação de Arte Religiosa, fundado em 1952 por “um grupo de artistas católicos empenhados em elevar a arquitectura religiosa e a arte sacra em Portugal”.
As iniciativas programadas e já realizadas na Capela do Rato, em Lisboa, no campo da relação entre o sagrado e a arte contemporânea são o cenário de um artigo sobre a pintura de Rui Moreira escolhida para abrir este diálogo.
O arquitecto Carrilho da Graça descreve as reacções à igreja que projectou em Portalegre: “Quando o edifício começou a ser construído, todo em betão, muito fechado, as pessoas acharam-no um horror porque parecia um «bunker». Diziam: ‘Eu não vou enterrar-me vivo naquela igreja’”.
Foi preciso esperar até à inauguração para que aceitassem a obra como sua: “Comentavam: ‘A igreja é muito melhor por dentro do que por fora, ninguém imaginava’”, diz o arquitecto.
O Observatório da Cultura inclui um resumo do ciclo de debates, exposições e visitas guiadas “Made in Germany: Arquitectura + Religião” e descreve o trabalho do Gabinete de Arquitectura e Património da Arquidiocese de Évora, entre outros textos.
Os artigos desta edição podem ser lidos na íntegra neste endereço.