JOC uniu-se ao protesto contra a precariedade

«Piquenique» em Lisboa juntou católicos, sindicalistas, bolseiros e trabalhadores precários

Lisboa, 09 jul 2011 (Ecclesia) – Milhares de jovens são hoje esperados, em Lisboa, para um piquenique contra a precariedade que a Interjovem, o Movimento 12 de Março, a Associação de Bolseiros e a Juventude Operária Católica (JOC) promovem como espaço de debate e alerta.

Jovens católicos, sindicalistas, bolseiros e trabalhadores com vínculos laborais incertos unem-se a partir das 10h30 com uma “performance”, seguindo-se, meia hora depois, a realização de mesas-redondas e a pintura de um mural, atividades que antecedem o piquenique marcado para as 12h30.

Após o debate ‘Direitos Laborais, Precariedade, Desemprego’, agendado para as 14h00, inicia-se a partir das 17h00 um conjunto de concertos que terminam com a atuação da banda ‘Peste&Sida’.

“São pessoas disponíveis para quase tudo e que em troca recebem uma mão cheia de quase nada”, refere a organização, em comunicado, a respeito dos jovens que diariamente “escondem as suas habilitações académicas para terem um trabalho, uma ocupação” e desconhecem se “vão receber a dia certo”.

Entre as incertezas, como a de não saber se terão “perspetiva de valorização do seu trabalho e progressão na carreira”, os “mais de 1 200 000 trabalhadores”, sobretudo “jovens e mulheres com contratos laborais precários”, só têm a certeza que “aos falsos recibos verdes lhes comem 30% do salário”, sublinha o comunicado.

“A precariedade e o desemprego, os baixos salários e o escandaloso aumento das taxas de juro e das prestações da habitação”, levam cada vez mais jovens, “independentemente das suas qualificações, a depender e regressar a casa dos pais ou até a emigrar”, refere o texto.

A nota assinala que muitos casais “adiam a decisão de ter filhos, porque amanhã não sabem se ainda vão ter emprego” – “o salário mal dá para dois quanto mais para 3” – e alerta que Portugal caminha para um milhão de trabalhadores desempregados, “sendo atualmente 23,4% menores de 35 anos”.

A JOC surgiu na Bélgica em 1925, por iniciativa do padre Joseph Cardijn, e chegou a Portugal 10 anos depois, assumido como missão “a libertação dos jovens trabalhadores”.

RM/OC

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