JOC contra desvalorização dos trabalhadores

Campanha europeia pela «dignidade dos jovens» chega ao fim da sua primeira fase

Lisboa, 16 jun 2011 (Ecclesia) – A Juventude Operária Católica (JOC) manifestou hoje a sua preocupação perante o que qualifica como “desvalorização do trabalhador enquanto pessoa”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o movimento dá conta das “situações que preocupam e afetam a juventude”, detetadas na primeira fase da Campanha Europeia que a JOC está a dinamizar sobre o tema “Dignidade dos Jovens”, em Portugal e outros seis países europeus – Espanha, França, Hungria, Itália, Malta e Reino Unido.

Neste momento inicial da campanha, agora concluído, os jovens católicos criticam uma “legislação laboral cada vez mais precária”, associada à “falta de fiscalização”.

O desemprego, o trabalho precário e ilegal e a pobreza são matérias em destaque nesta iniciativa da JOC.

“Concretamente numa das empresas que analisámos, o que se verifica é que às pessoas que terminam os dois anos de renovações de contratos, é-lhes proposto que permaneçam a recibos verdes ou então ‘vão para a rua’. As ordens são para não celebrar contratos por tempo indeterminado”, revela o comunicado.

Os militantes do movimento católico questionam também os “critérios de atribuição” de bolsas de estudo e alertam para o racismo e a discriminação.

“Identificámos imigrantes que conhecemos ou se vão cruzando no nosso caminho, que vieram para Portugal em busca de melhores condições de vida, mas muitas vezes o que encontram é exploração e discriminação por parte dos patrões ou até mesmo dos colegas de trabalho”, indicam os responsáveis da JOC nacional.

No seguimento da campanha em curso, de 21 a 24 de julho vai ser realizado um Encontro Europeu de Militantes da JOC, em Rimini, na costa oriental da Itália, cerca de 380 quilómetros a norte de Roma.

A delegação portuguesa será formada por 18 jovens, que representarão as dioceses onde a JOC tem presença neste momento.

A JOC surgiu na Bélgica em 1925, através do padre Joseph Cardijn, e chegou a Portugal 10 anos depois, assumido como missão “a libertação dos jovens trabalhadores”.

OC

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