D. José Policarpo recorda «um homem de uma fé inigualável»
Lisboa, 15 Jan (Ecclesia) – D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, olha com grande alegria para a decisão da Igreja Católica em beatificar João Paulo II, considerando-a como uma homenagem justa a quem deu muito a Deus e aos homens.
“Se há personalidade que merece esta exaltação e esta apresentação ao povo de Deus como modelo de fidelidade e de virtude é, sem dúvida nenhuma, o Santo Padre João Paulo II” sublinha D. José Policarpo.
Numa entrevista revelada hoje pelo Departamento de Comunicação do Patriarcado, olha para a beatificação de João Paulo II como “uma festa da Igreja”, destinada a homenagear uma figura que “ainda está muito no nosso coração e na nossa memória”.
Espírito lutador, natureza optimista, fé inigualável e grande determinação, são algumas das características que D. José Policarpo destaca no agora futuro Beato.
“Foi um homem muito marcado pela sua vida pessoal, pelo sofrimento, pela ocupação nazi. Fez um curso de seminário quase clandestino” aponta o Cardeal-Patriarca de Lisboa, destacando que nada disso o impediu de se tornar primeiro “num padre a sério”.
Outra particularidade de João Paulo II era o seu gosto em se encontrar com as pessoas, especialmente com os jovens.
“Ele só estava bem sozinho quando estava em oração, quando estava com Deus” realça D. José Policarpo, que conheceu pessoalmente o antigo Papa quando ele “ainda era um jovem cardeal”.
A cerimónia de beatificação de João Paulo II (1920-2005) vai decorrer a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no Vaticano, sendo presidida por Bento XVI.
Ontem, a Santa Sé conclui o processo com a aprovação da publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II.
O milagre refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doença de Parkinson.
A religiosa pertence à congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro anos.
JCP