João Paulo II assegura que os Focolares são os “apóstolos do diálogo” dentro da Igreja Católica. O Papa escreveu uma mensagem a Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares – cujo nome oficial é «Obra de Maria» -, por ocasião do sexagésimo aniversário da sua fundação. «Os Focolares tornaram-se apóstolos do diálogo, como caminho privilegiado para promover a unidade: diálogo dentro da Igreja, diálogo ecuménico, diálogo inter-religioso, diálogo com os não-crentes», diz a mensagem. O Papa desafiou este movimento a lutar contra a “perda de alma” da Europa – “que corre o risco de ficar sem o princípio unificador fundamental de todo projecto e actividade” – afirmando que «se impõe com urgência o dever de um renovado compromisso por parte dos crentes para responder aos desafios da nova evangelização». O texto foi lido este sábado pelo arcebispo Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, no Centro Mariápolis de Castel Gandolfo. «Nestes sessenta anos quantas mudanças e quantas repentinas perturbações marcaram a vida do mundo! A humanidade fez-se cada vez mais interdependente e, perseguindo interesses passageiros, em ocasiões perdeu os próprios valores de referência», escreve o Papa.