Situação dos cristãos mereceu atenção particular João Paulo II lançou hoje um apelo em favor das populações do Iraque e exprimiu a sua solidariedade para com as famílias das vítimas do terrorismo. No final da habitual audiência geral das quartas-feiras, o Papa chamou a atenção para “a dor das famílias das vítimas, o sofrimento dos reféns e de todos os inocentes atingidas pela barbárie cega do terrorismo”. “Acompanho todos os dias na oração a querida população iraquiana, que tenta reconstruir as Instituições do seu próprio país”, assegurou o Papa, reconhecidamente uma das figuras que mais se opôs à guerra no Iraque. A palavra final deste apelo, feito perante 20 mil peregrinos, foi para os cristãos no país, tendo João Paulo II encorajado a comunidade cristã a “continuar a oferecer com generosidade o seu próprio contributo, fundamental para a reconciliação dos corações”. Os líderes religiosos no Iraque têm-se manifestado publicamente, nas últimas semanas, pedindo protecção para os cristãos. Os cerca de 700 mil cristãos no Iraque estão agora na mira dos fundamentalistas islâmicos. Muitos deles, 40 mil, já terão fugido para a Síria e o Líbano, à espera de melhores dias. A situação agravou-se significativamente nas últimas semanas, com novas vagas de atentados. Os cristãos iraquianos estão a ser obrigados a celebrar Missas debaixo das igrejas e vivem sob constantes ameaças de morte.
