JMJ: Papa confirma presença em Lisboa, apontando a futuras viagens internacionais

Francisco reforça denúncia da «globalização da indiferença», após visita a África

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Cidade do Vaticano, 05 fev 2023 (Ecclesia) – O Papa confirmou hoje que vai visitar Lisboa, este ano, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), falando aos jornalistas sobre as suas próximas viagens.

“Sobre as viagens: acho que a Índia será no próximo ano. Vou a Marselha (França) no dia 23 de setembro, e há a possibilidade que, de Marselha, voe para a Mongólia, mas ainda não foi definido, é possível. Outra este ano, não me lembro… Lisboa. O critério: escolhi visitar os países pequenos da Europa”, referiu, em conferência de imprensa no voo de regresso a Roma, após uma viagem de seis dias a África.

A próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude vai decorrer pela primeira vez em Portugal, de 1 a 6 de agosto.

Francisco, que esteve em Fátima, nas celebrações do 13 de maio de 2017, assumiu que a sua prioridade é conhecer “os pequenos” e a “Europa escondida, a Europa que tem tanta cultura, mas que não é conhecida”.

“Para acompanhar países, por exemplo a Albânia, que foi o primeiro, que foi o país que sofreu a ditadura mais cruel, mais cruel da história. Então minha escolha é a seguinte: tentar não cair na globalização da indiferença”, apontou.

Há globalização da indiferença em todos os lugares. Dentro do próprio país, muitas pessoas esqueceram-se de olhar para os seus compatriotas, os seus concidadãos, e puseram-nos a um canto, para não pensar sobre isso. Pensar que as maiores fortunas do mundo estão nas mãos de uma minoria e essas pessoas não olham para as misérias, os seus corações não se abrem para ajudar”.

Questionado sobre os problemas que o têm afetado no joelho, o Papa brincou com a situação e disse que “erva daninha não morre”.´

Aos 86 anos de idade, Francisco precisou que não está “como no início do pontificado”, em 2013.

“Este joelho incomoda, mas vai lentamente, então veremos”, declarou.

O Papa foi acompanhado na viagem à República Democrática do Congo e Sudão do Sul pelo arcebispo Justin Welby, primaz da Comunhão Anglicana, e pelo pastor Iain Greenshields, moderador da Assembleia-Geral da Igreja da Escócia (Presbiteriana).

O arcebispo da Cantuária disse aos jornalistas que foi “um privilégio” viajar com Francisco, mostrando disponibilidade para repetir a experiência no futuro, se isso puder “acrescentar valor” às iniciativas do Papa.

O pastor Greenshields, por sua vez, referiu que “ficaria feliz” em fazer o mesmo, mas admitiu que será pouco provável, dado que o seu mandato expira a 20 de maio, sendo sucedido no cargo por uma mulher.

O Papa fez, desde 2013, 40 viagens internacionais, nas quais visitou 60 países: Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos),  Malta, Canadá, Cazaquistão, Barém, República Democrática do Congo e Sudão do Sul; as cidades de Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), Genebra (Suíça) e Budapeste (Hungria), para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional.

OC

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