Fomentar laços, trabalhar em conjunto, rezar e planear iniciativas nacionais de realização local fazem parte da agenda
Almada, 01 dez 2022 (Ecclesia) – O Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude 2023 e os Comités Organizadores Diocesanos (CODs) reúnem mensalmente para preparar a JMJ Lisboa, há mais de um ano esse encontro realiza-se na Igreja onde estão os dois símbolos.
“O objetivo é no que compete a cada um, que são competências diferentes, promover as Jornadas a nível nacional, em conjunto. A uma só voz, que é plural, mas todos promovemos o mesmo e que também possamos rezar pelas Jornadas, preparar pastoralmente, que seja um trabalho em conjunto e não só à velocidade e ao jeito de uns e de outros”, disse Ausenda Pires, da equipa ‘Rede Igreja’ do COL, em declarações à Agência ECCLESIA.
Os bispos portugueses quiseram que a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 “não fossem uma coisa só de uma sensibilidade eclesial, feitas só de uma forma”, e a equipa ‘Rede Igreja’, da Direção ‘Caminho 23’, faz a relação, a mediação, entre o COL e os COD’s, pedidos, trabalho em conjunto.
“Quiseram desde o início que as Jornadas pudessem ser o fruto de uma Igreja nacional que é diversa, que tem muitos carismas, muitas forma de se manifestar. E estas reuniões fazem parte de marcarmos o passo e andar ao mesmo ritmo”, acrescentou Ausenda Pires.
Desde novembro de 2021, há um ano, que estas reuniões mensais, que são presenciais e online, realizam-se fisicamente na diocese que está a acolher a peregrinação dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a Cruz e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – que, neste momento, estão no Ordinariato Castrense, a Dioceses das Forças Armadas e de Segurança que vai receber a reunião de dezembro.
“O segredo está muito no escutarmo-nos uns aos outros e queremos andar ao mesmo ritmo.”
“Tem muitos desafios, mas penso que o segredo é todos quererem o mesmo. Neste desejo de caminhar em conjunto isso faz toda a diferença: Depois com a escuta, predispormo-nos a escutar os outros, há muita coisa que não temos em conta dos outros mas é porque não conhecemos, a nossa experiência não foi aquela”, desenvolveu a entrevistada.
“A Jornada Mundial da Juventude vai correr muito bem, mas já ganha pela relação que as dioceses têm criado entre si nestas reuniões. É muito bom”, disse Cristiana Lopes, do COD Leiria-Fátima, à Agência ECCLESIA.
Ausenda Pires, “ao fim de um ano”, vê “avanços” e que há uma rede que se vai criando, “há confiança que se vai criando, tudo tem desafios”, e há muito caminho para fazer em conjunto, de se compreenderem e “isso vai acontecendo”.
Neste âmbito, a equipa ‘Rede Igreja’ do COL, destaca também a importância da oração, de rezarem todos em conjunto, o que “tem sido muito bom”, para além de trabalharem: “Pormos no centro aquele que está a preparar as Jornadas, que é Nosso Senhor Jesus Cristo e também é bom andarmos ao ritmo dos símbolos”.
Desde que estas reuniões decorrerem ao ritmo da Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, os CODs e o COL já estiveram nas Dioceses do Algarve, Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco, Guarda, Viseu, Funchal, Angra, Lamego, Bragança-Miranda, Vila Real, Porto e Setúbal, que recebeu os símbolos no mês de novembro.
“Ajuda a ter uma noção da realidade local de cada diocese, e também ajuda a que possamos partilhar as nossas dificuldades e ter sugestões de outras dioceses, que já tiveram esta dificuldade, como é que fizeram, ou estão a passar pela mesma dificuldade e sentimo-nos todos em comunhão, mesmo que seja na dificuldade”, desenvolveu Cristiana Lopes.
O padre Tiago Carlos, da equipa de coordenação Comité Organizador Diocesano de Évora, sublinha a importância de partilharem o trabalho que estão a realizar e “o que está a ser a vivência da preparação da Jornada em cada diocese, as inscrições”.
“Também penso que seja importante, através da partilha, criando relações de amizade, de partilha, de cooperação mutua neste trabalho com a juventude”, acrescentou o jovem sacerdote eborense.
Cristiana Lopes, do COD Leiria-Fátima, sublinha o sentido de “comunhão” e o conhecimento do “homólogo da outra diocese”, e a “relação pessoal” que agora têm com as dioceses.
Ausenda Pires, da equipa ‘Rede Igreja’ do COL, explicou que, “há um ano”, também decidiram realizar iniciativas nacionais que se realizam a nível diocesano, “no mesmo dia e segundo a mesma dinâmica”, e combinaram que “todos os meses há uma iniciativa COD-COL”, em janeiro de 2023 são “as 24 horas de oração pela JMJ”, e, até agosto do próximo ano, “vai haver uma vigília de oração, o limpar Portugal, a hora JMJ, e outras”.
CB