JMJ Lisboa: Administrador diocesano de Angra afirma que adesão aos símbolos «é sinal da vitalidade da Igreja, sobretudo dos jovens»

Cónego Hélder Fonseca Mendes acredita que a «nomeação do bispo de Angra» aconteça antes da próxima Jornada Mundial da Juventude

Foto: Agência ECCLESIA/TAM

Ponta Delgada, Açores, 28 jun 2022 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Angra afirmou que os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) tiveram “um impacto grande” nos Açores, ao peregrinarem pelas nove ilhas do arquipélago, lançando os jovens para o encontro de Lisboa, em 2023.

“Esta experiência de um mês com os símbolos da Jornada Mundial da Juventude há anos que não se via, pelo facto de acontecer no conjunto da diocese, não num ponto maior”, disse o cónego Hélder Fonseca Mendes, em declarações à Agência ECCLESIA.

O responsável católico salientou que a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani peregrinaram pelas nove ilhas do Arquipélago dos Açores e pelas 17 ouvidorias (conjunto de paróquias) da diocese, durante o mês de junho.

“A adesão que os mesmos tiveram nas ilhas todas é também um sinal da vitalidade da Igreja, sobretudo dos jovens”, destacou.

Segundo o cónego Hélder Fonseca Mendes, os dois símbolos da JMJ deixaram marca e, não tendo o “mesmo impacto que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima”, acabaram por ter um “impacto grande sobretudo no alerta aos grupos de jovens para a realização das jornadas mundiais da juventude, em Lisboa”, de 1 a 6 de agosto de 2023.

Julgo que se esse fenómeno não tivesse acontecido como se deu até hoje, certamente que muitos dos jovens açorianos não ficariam sensibilizados para a alegria, para a beleza, que é estarem juntos e à volta de Jesus, e do Evangelho, da causa do reino de Deus, em comunhão com o Santo Padre, com o seu bispo, e uns com os outros”.

A Diocese de Angra celebrou o encerramento da peregrinação dos dois símbolos da JMJ nesta Igreja local com uma Missa, este domingo, no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, no Campo de São Francisco, em Ponta Delgada.

Foto: Agência ECCLESIA/TAM

A Eucaristia foi presidida por D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, e concelebrada pelo administrador diocesano de Angra, cónego Hélder Fonseca, pelo ouvidor de Ponta Delgada, cónego José Medeiros Constância, e outros sacerdotes; A peregrinação nacional da cruz e do Ícone de Nossa Senhora vai continuar na Diocese de Lamego.

A Diocese de Angra não tem bispo, desde a nomeação de D. João Lavrador para Viana do Castelo, a 21 de setembro de 2021, mas o cónego Hélder Fonseca Mendes acredita que “primeiro vai ser a nomeação do bispo de Angra e depois a Jornada Mundial da Juventude, na capital portuguesa.

“Temos uma história de quase 500 anos, mas é uma situação particular com ausência do bispo e, à medida que o tempo vai passando, vamos sentindo a falta dele. O bispo faz muita falta porque associado a ele estão os conselhos presbiteral, o conselho pastoral diocesano, estão decisões mais de fundo”, desenvolveu, realçando que “as comunidades têm dado sinal da sua maturidade”.

Sobre o trabalho da diocese, o administrador de Angra explica que “o princípio é que nada se comprometa ao trabalho do futuro bispo”, o que pode ser um benefício, como um prejuízo, porque “nunca” se sabe o dia de amanhã e quando será essa nomeação.

Sobre as características do futuro bispo, este responsável realça que “é ser cristão, discípulo de Jesus, ser apóstolo, ser missionário”, e qualquer bispo “será competente para fazer este trabalho”.

HM/CB/OC

 

No contexto da dinâmica sinodal 2021-2023 na diocese, o cónego Hélder Fonseca Mendes destacou “sobretudo muita inquietação” e a inquietação de caminharem juntos, lembrando que já estão há três anos sem sínodo, com a fase diocesana que já começou há dois anos.

“Nem entregamos propriamente a síntese porque estamos com alguma dificuldade em fazê-la uma vez que não se situa só no último ano, mas três, em que procuramos a Igreja ter marca mais evangelizadora, mais missionária, que seja mais integradora, que saiba estar presente no mundo e dialogar com ele”, desenvolveu.

Segundo o administrador diocesano de Angra, são altos e baixos, “alguns descontentamentos que são naturais na situação do mundo e da Igreja”, mas também “muita esperança e empenho” daquilo que a Igreja é e do que pode “contribuir para a humanização e santificação do mundo e das pessoas”.

O Sínodo dos Bispos 2021-2023, subordinado ao tema ‘Para Uma Igreja Sinodal: comunhão, participação, missão’, promove um processo global de escuta e mobilização das comunidades católicas, com etapas diocesanas, as Igrejas locais estão a enviar as suas sínteses para as conferências episcopais, nacionais e continentais, antes da assembleia que o Vaticano vai receber, em outubro de 2023.

Açores: Mais do que «um facto para a história», peregrinação dos símbolos da JMJ é motivadora para uma «mudança de página» (c/fotos)

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Agência ECCLESIA

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