Festival da Juventude, Feira Vocacional e Parque do Perdão são propostas que dão vida à jornada, diariamente
Lisboa, 04 ago 2022 (Ecclesia) – Mariana Frazão, da Direção Pastoral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, sublinhou o impacto do evento, promovido pela Igreja Católica, com dimensão espiritual e cultural que vai chegar a toda a cidade.
“Espero que não haja espaços vazios”, projetou a responsável, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Apresentando o programa de atividades que vai decorrer entre 1 e 6 de agosto do próximo ano, Mariana Frazão destaca como primeiro grande evento a Missa de abertura, presidida pelo cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente.
Segue-se, na quarta-feira um dia “livre”, com catequeses de manhã, em várias línguas, sobre temas que vão ser decididos, em conjunto com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que acompanha a Pastoral Juvenil, no Vaticano.
Estas catequeses decorrem pela cidade de Lisboa e as dioceses de acolhimento, que recebem os peregrinos nesta semana – Lisboa, Santarém e Setúbal.
Durante a tarde, a programação da JMJ 2023 inclui o Festival da Juventude, com palcos espalhados pela cidade para que os jovens inscritos apresentam “conteúdos culturais” que querem partilhar com outros peregrinos – concertos, exposições, cinema, teatro, dança.
“É uma programação cultural, vinda de jovens do mundo inteiro, que vai estar espalhada por salas de teatro, espetáculos ao ar livre, grandes palcos, pequenos palcos nalgumas igrejas”, adianta Mariana Frazão.
A responsável da Direção Pastoral da JMJ 2023 fala ainda dos momentos de oração e da Feira Vocacional, um espaço já tradicional nestes eventos, onde os jovens têm a oportunidade de aprofundar o discernimento pessoal, através dos momentos de oração, encontros de orientação, conversas e interações com congregações religiosas, movimentos e seminários presentes em stands montados no espaço.
“Temos muito para mostrar aos jovens que vêm, muitos projetos, movimentos, campos de férias, a Missão País, etc., que podem mostrar aos peregrinos que há muita coisa por fazer”, aponta, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
A presença da JMJ pela cidade de Lisboa vai ser ainda visível no “Parque do Perdão”, com vários confessionários e padres disponíveis para o Sacramento da Confissão, em diversos idiomas.
Para 3 de agosto, quinta-feira, está previsto o acolhimento do Papa, “primeiro grande momento” de encontro entre Francisco e os peregrinos.
A agenda de sexta-feira inclui a tradicional Via-Sacra, habitualmente presidida pelo Papa nas edições internacionais da JMJ.
No sábado, os peregrinos rumam ao Parque Tejo para a Vigília conclusiva, onde a multidão vai encontrar-se com Francisco e pernoitar.
A JMJ encerra-se com a Missa de envio, na manhã de 6 de agosto, domingo, um “momento marcante” em que se anuncia a sede da próxima edição internacional.
Antes de deixar Portugal, o Papa vai encontrar-se com os milhares de voluntários da JMJ Lisboa 2023, uma iniciativa que se tornou tradicional, para lhes manifestar a sua gratidão.
Mariana Frazão espera um entusiasmo particular em Lisboa, por se tratar da primeira edição da JMJ no pós-pandemia.
“Sabemos que vai ser uma Jornada muito querida, por podermos estar todos juntos, de novo, e olhar para aquilo que foram estes últimos anos. Fomos privados de viver, de ter experiências de Igreja a que estávamos habituados, e vai ser um momento de reencontro”, afirma.
Para este responsável, a JMJ mostra ao mundo uma Igreja “una, forte, diversa”.
“Esta diversidade também se vive na organização da Jornada, queremos garantir que ela é preparada por cada um de nós, para podermos tornar esta experiência ainda mais forte”, precisa.
As edições internacionais da JMJ são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo.
A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo depois passado pelas cidades de Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019)
PR/OC
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