Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação desafiou os jovens a rejeitarem uma vida «a meio gás»
Lisboa, 20 dez 2022 (Ecclesia) – O cardeal D. José Tolentino Mendonça afirmou que os jovens têm de aceitar Jesus como companheiro de viagem para a Jornada Mundial da Juventude, que considera um “gigante ponto de partida” e uma “explosão de esperança para o mundo”.
“Tenho a certeza que as Jornadas Mundiais da Juventude de Lisboa vão ser essa explosão de esperança que o mundo de hoje tanto precisa”, disse D. José Tolentino Mendonça.
O cardeal português dialogou com dois jovens que estão envolvidos na preparação da JMJ Lisboa 2023, Sara de Fátima Rahemane, do Comité Organizador Local (COL), e David Moura, do Comité Organizador Diocesano de Vila Real, sobre a preparação do Natal e a espera do nascimento de Jesus, assim como a expectativa do encontro de jovens de todo o mundo com o Papa, em agosto de 2023.
Para D. José Tolentino Mendonça a JMJ é mais do que “um encontro episódico” se existir um investimento na preparação e o tempo for aproveitado como “tempo de crescimento, de descoberta, de aprofundamento da fé”
“Se neste interregno até às jornadas, nos descobrirmos protagonistas da história, implicados na história com 2000 anos que é a Igreja, que nós somos o rosto de Cristo junto dos outros jovens nas nossas sociedades… Se acreditarmos nisto, o encontro com o Santo Padre, não vai ser apenas um ponto de chegada, mas vai ser um gigante ponto de partida, que nos vai projetar em tantas dinâmicas criativas que vão inaugurar uma nova era, uma nova época, na vida da Igreja, porque a Igreja vai receber o sangue novo da juventude”, afirmou.
D. José Tolentino Mendonça desafiou os jovens a serem “protagonistas da história”, abandonando a “bancada”, como pede o Papa Francisco, sendo o “rosto missionário da Igreja”, sem viver “a meio gás”.
“Um jovem que não vive eu não digo a 100%, digo a 300% está desperdiçar a sua energia. A vida é um desperdício se vivemos a meio gás, se desperdiçamos a oportunidade, o instante, esta hora para vivermos um grande amor, para construir uma grande história, para dar o nosso contributo à sociedade, para abraçar verdadeiramente o mistério da Igreja”, indicou o cardeal madeirense.
O prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação disse que o mundo de hoje “não precisa de repetidores” e desafiou os jovens a confirmar que “a civilização do amor não é impossível” e que o Evangelho “tem de ser possível”, assumindo que o que “faz correr é Cristo”.
“Antes de marcar viagem para Lisboa, temos de aceitar na nossa vida esse companheiro de Emaús, esse companheiro de viagem que é Jesus”, referiu.
Referindo-se ao tempo do Advento, D. José Tolentino Mendonça explica que cada pessoa tem de sentir que é incompleta, que a “vida não é autossuficiente”, considerando que o que se espera do Natal “também é uma forma de esperança”.
“Não esperamos apenas coisas imediatas, esperamos o Príncipe da Paz, o Senhor da nossa vida, o que dá sentido àquilo que somos e construímos”, afirmou.
Questionado sobre a vivência da espera da JMJ, D. José Tolentino Mendonça lembrou que o tempo de espera é já felicidade por aquilo que vai acontecer.
“Nós temos este encontro marcado com o Santo Padre e uns com os outros em Lisboa, jovens de todos os continentes. Hoje, já nos sentimos felizes, porque o nosso coração está projetado neste encontro, que é um grande momento, vivido em termos pessoais, porque será um momento marcante para cada participante nas jornadas, mas será também um encontro de conjunto, de comunidade”.
O diálogo com o cardeal D. José Tolentino Mendonça foi promovido pela Fundação JMJ Lisboa 2023, com a indicação de que voltará a acontecer nos tempos fortes da liturgia até à realização da Jornada, de 1 a 6 de agosto de 2023.
PR