Seul 2027: «JMJ inspira a um encontro de unidade a construir na Ásia» – arcebispo sul-coreano

D. Peter Chung Soon Taek agradeceu a confiança para organizar «evento global», que «ultrapassa fronteiras católicos» e será importante para «sociedade» coreana

Foto: JMJ Lisboa 2023/José Prado

Lisboa, 06 ago 2023 (Ecclesia) – O arcebispo de Seul, que vai acolher a Jornada Mundial da Juventude em 2027, disse hoje que a realização do evento naquele país vai ser uma oportunidade para “construir a unidade na Ásia”.

“A Coreia do Sul é um país que precisa de evangelização. Entre a população, de cerca de 60 milhões, temos 10% de católicos e esta é uma oportunidade para amadurecerem a sua fé, mas será também uma oportunidade importante para mostrar a cultura”, explicou aos jornalistas, durante uma conferência de imprensa, que decorreu no Media Center.

“Não é apenas um evento católico, mas um evento global que convida todos as pessoas de boa vontade. É um evento que beneficia todos, para caminhar na fraternidade. Durante a JMJ Seul 2027 queremos elevar o espírito que foi plantado antes, queremos construir relações frutuosas entre todos os jovens do mundo”, acrescentou o responsável sul-coreano.

Sem antecipar “número de participação”, o arcebispo de Seul fala na importância e vontade de “partilhar a experiência de uma fé universal”.

“Não antecipamos milhões – temos a esperança de receber muitos – mas nos últimos anos temos sido procurados por muitos jovens que querem conhecer a cultura”, indica D. Peter Chung Soon Taek.

Sendo a terceira participação numa JMJ, o arcebispo valorizou a forma como se percebe que os jovens se envolvem e aproximam de Deus.

Foto: JMJ Lisboa 2023/José Prado

“Ter milhares de jovens reunidos vai ser uma oportunidade para nutrir a fé e a partilhar com todos. Devido à pandemia percebemos uma diminuição dos jovens mas espertamos que a JMJ seja uma forma de aumentar a sua participação”, indicou.

O jovem Raphael, participante na JMJ Lisboa 2023, reconhece que a pandemia fez “descer o número de jovens” na Igreja, mas indica que a pastoral juvenil está a recuperar.

Um sinal dessa mesma recuperação “é a participação na JMJ Lisboa 2023”.

Foi uma experiência única para mim. Conheci pessoas diferentes, culturas diferentes, encontramos uma unidade em Cristo, vou tentar o mais possível envolver outros jovens”.

Outra jovem participante na edição em Lisboa, Bernardette, diz que nunca disse tantas vezes “olá” como nestes dias.

Foto: Agência ECCLESIA/LS

“Disse «olá» a tantos jovens que perdi a conta e isso é único. Não sei nada sobre eles, mas partilhamos a mesma fé e isso eu vou recordar para sempre”, explicou.

D. Peter Chung Soon Taek quis ainda agradecer ao Papa Francisco a escolha da Coreia do Sul como país anfitrião e manifestar o “orgulho” e “honra” pela escolha.

“Agradecemos a esta organização por criar um evento que promove fraternidade, dinamismo e amizade. Agradecemos ao governo e autoridades portuguesas por acolheram pessoas de todo o mundo”, afirmou.

“Entretanto, agradecemos humildemente à organização de Lisboa, porque vai ser necessária a sua sabedoria na preparação para a Coreia do Sul. Vamos fazer uma colaboração próxima com a Santa Sé, com as autoridades locais no pais, e tratar da segurança para que seja um evento seguro”, acrescentou.

O arcebispo terminou com um “obrigado” em português.

LS

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