JMJ 2023: «Vemo-nos em Lisboa», disse o Papa a jovens argentinos

Francisco diz que este «Campeonato do Mundo» da juventude só tem vencedores e fala numa «Taça da Fraternidade»

Cidade do Vaticano, 16 jul 2023 (Ecclesia) – O Papa antecipou hoje, no Vaticano, a próxima JMJ Lisboa 2023, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto, marcando encontro com os jovens de todo o mundo.

“Vemo-nos em Lisboa”, disse a um grupo de peregrinos da Arquidiocese de Córdoba, na Argentina, que vai participar no encontro de Lisboa.

A intervenção, divulgada pela Santa Sé, comparou a JMJ a um campeonato do mundo em que todos ganham e levantam a “Taça da Fraternidade”.

“Vocês já perceberam que se estão a preparar para jogar um Mundial? Esse Mundial é muito especial, trata-se de um encontro amigável, em que não há vencedores ou perdedores, mas todos nós ganhamos”, disse.

Sim, porque quando saímos de nós mesmos e encontramos os outros, quando partilhamos – ou seja, quando damos o que temos e estamos abertos para receber o que os outros nos oferecem – quando não rejeitamos ninguém, então somos todos vencedores e podemos erguer juntos a Taça da Fraternidade. Como isso é necessário, no nosso tempo”.

A audiência privada aconteceu esta manhã, antes da recitação da oração do ângelus.

Francisco convidou todos a jogar na “equipa de Cristo”, até ao último minuto, sem distrações nem “autogolos”, usando imagens típicas do futebol.

O Papa evocou ainda os milhares de jovens que estão a caminho de Portugal nestes dias, dando vida ao lema da JMJ 2023, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).

“Como Maria, vocês levantaram-se, deixaram para trás o que conheciam – famílias, conforto – e partiram apressadamente ao encontro dos outros”, indicou.

Queridos jovens, encorajo-os a viverem intensamente este Mundial, esta Jornada Mundial da Juventude, que enriquecerá todos com uma grande diversidade de rostos, culturas, experiências, diferentes expressões e manifestações da nossa fé”.

O Papa falou, em especial do “anseio de Jesus”, nas novas gerações, apelando a “dar testemunho da alegria do Evangelho a tantos outros jovens que não encontram o sentido da vida ou que perderam o caminho a seguir”.

Francisco concluiu desejando a todos uma “boa partida”, confiando-os à proteção de Nossa Senhora.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.

Os eventos centrais incluem a Missa de Abertura, a 1 de agosto, que vai ser presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, no Parque Eduardo VII.

Dois dias depois, o mesmo espaço recebe a celebração de acolhimento do Papa; ainda no Parque Eduardo VII, a 4 de agosto, vai ser celebrada a Via-Sacra, colocando os jovens a rezar com Francisco, acompanhados pelo coro e a orquestra da JMJ.

Já no Parque Tejo, entre os municípios de Lisboa e Loures, decorre a Vigília, na noite de 5 de agosto.

Após pernoitarem no local, os peregrinos participam na Missa de Envio, presidida pelo Papa no domingo, dia 6 de agosto; antes de regressar ao Vaticano, Francisco encontra-se com os voluntários da JMJ.

OC

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Agência ECCLESIA

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