JMJ 2023/Montargil: «Somos uma comunidade pequena e é uma honra receber os símbolos» (c/fotos)

Jovens entusiasmam-se no caminho da cruz e do ícone mariano, em momentos que mostram a «fraternidade» e a «união entre os povos»

Foto: Agência ECCLESIA

Montargil, 15 jan 2022 (Ecclesia) – Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude passearam hoje pela Paróquia de Montargil, localizada na arquidiocese de Évora, gerando um entusiasmo entre jovens e mais velhos, e também entidades civis que se associaram à proposta de encontro.

“O caminho que estamos a fazer, rumo à JMJ Lisboa 2023, é reforçado pela presença dos símbolos na nossa paróquia. Sentimos uma grande energia e o amor universal, queremos dar o nosso contributo, a nível local, por um mundo mais justo e solidário”, assume à Agência ECCLESIA Ana Catarina Rosa, catequista e uma responsável pela organização da JMJ Lisboa 2023 na paróquia de Montargil.

Depois de um “percurso atribulado” rumo à participação na Igreja, esta jovem assume a responsabilidade partilhada de chamar outros jovens a ser presença naquela pequena comunidade.

Ana Catarina Rosa recorda que a preparação para o seu batismo, que aconteceu na adolescência, foi um pedido seu e de outros jovens ao então pároco, uma vez que não havia catequese ou formação na sua paróquia, na altura.

Depois desta preparação recorda que foi após uma experiência de voluntariado em Cabo Verde, através do Salesianos, que sentiu necessidade de ir à Igreja: “Fui sozinha”, recorda, tendo este momento desencadeado o convite para ser catequista.

“Eu não vou ser capaz e se calhar não vou estar à altura, mas o pároco e a comunidade confiam e esperamos que corra bem”, avança.

Alexandre Marques, do grupo de jovens e de acólitos de Montargil, afirma ser “uma honra” receber os símbolos da JMJ na sua paróquia e destaca a importância de todas as pessoas, de todas as idades se aproximarem da Cruz da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora.

“O nosso grupo é pequeno e estamos a tentar chamar mais jovens para conhecerem agora a Igreja, e podermos fazer um caminho juntos, divertirmo-nos juntos, fazendo a nossa missão. Temos dificuldades, mas estamos a fazer o máximo para estarmos presentes em Lisboa e em grande número”, revela.

Este dia ficará na memória dos jovens de Montargil uma vez que está é a “primeira vez que estão próximos dos símbolos”, explica o padre João Luís da Silva.

“Os jovens que aqui estão nunca participaram numa JMJ e há uma curiosidade; esta é uma maneira de se lançarem e perceberem o que é. É um sinal de esperança e alegria para Montargil”, reforça à Agência ECCLESIA.

A visita dos símbolos é ocasião para recordar a participação do agora pároco nas JMJ de Santiago de Compostela, em 1989, e em Paris, em 1997, assumindo que fica uma “missão e herança a transmitir”.

Na preparação da receção dos símbolos o pároco destaca a preocupação da visibilidade e de chegar aos mais frágeis.

“Houve dois grandes objetivos: ter atividade de rua para levar a Igreja para a rua e viver uma Igreja de portas abertas, e ir ao encontro dos mais frágeis que são os idosos. Havendo um lar, que chamo de jardim da paróquia, não podíamos deixar de ir rezar com os avós e levar-lhes os símbolos”, explica.

A vereadora da cultura da autarquia de Ponte de Sor reconhece valores de fraternidade ligados a iniciativas como estas.

“Esta iniciativa envolve-nos em torno do amor, da fraternidade e união entre os povos. Se é urgente, nos últimos tempos em que vivemos uma crise de saúde pública, termos a oportunidade de viver as jornadas em Portugal, aproxima-nos e faz-nos lembrar dos mais importantes valores da humanidade”, reconhece.

Alda Falca destaca ainda a importância de a passagem dos símbolos ir ao encontro da população mais idosa do município.

“(É importante) dar esperança aos mais velhos, os mais penalizados com a pandemia. Vivemos no concelho um território envelhecido com muitos idosos sós e institucionalizados. Esta iniciativa é um sinal simbólico mostrando que estamos cá e juntos”, valoriza.

OC/LS

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