Sínodo: Comunidades paroquiais chamadas a participar em convocatória de grande «abrangência» e «abertura» – (c/vídeo)

Percursos distintos de acolhimento e escuta vão estar em destaque no programa 70×7

Lisboa, 15 jan 2022 (Ecclesia) – O grupo de reflexão sinodal da comunidade das Azenhas do Mar, em Sintra, fez um caminho de cinco reuniões e procurou convidar pessoas “com diferentes vivências de fé”.

“Seria bom escutar porque alguns vão mais do que outros, aqui não estão os que vão sempre e quisemos perceber porque não pertencem à comunidade e completamente integradas”, conta à Agência ECCLESIA, Zélia Fonseca, coordenadora do grupo.

O caminho realizado procurou perceber “o ponto de partida” que levou alguns a procurar a Igreja, “recordou o acolhimento” e tentou descobrir “o que falta para o anúncio”.

António Fonseca, coordenador com a esposa, acredita estar a acontecer o que “faltava à Igreja”.

“A chamada do Papa é uma chamada grande ao acolhimento para as pessoas que se sentem marginalizadas e os católicos não praticantes. Essas pessoas não se sentem atraídas e esta chamada trouxe-as. As pessoas envolvem-se positivamente, e apesar de perceberem o que está em maior dificuldade, procuram o lado positivo”, destaca.

Pedro Morais é também participante do grupo sinodal nas Azenha do Mar e chegou ali por convite dos responsáveis, uma vez que afirma ser “católico não praticante”.

“Valeu muito a pena. O sínodo é revelador de um espírito profundamente humanista do Papa Francisco porque esta convocação é de uma abrangência e abertura. Tem sido uma grande descoberta”, sublinha à Agência ECCLESIA.

A jovem Teresa Fonseca diz que este pode ser um “estilo novo de ser Igreja, indo ao encontro da atualidade”.

“Assim como a Medicina evolui também a Igreja o pode fazer, sem esquecer as raízes”, explica.

As comunidades paroquiais estão a organizar-se para responder ao desafio do Papa Francisco sobre a reflexão em torno da Sinodalidade da Igreja católica e organizam grupos de escuta e de trabalho, num caminho que vai culminar em 2023.

“Somos chamados a tornar-nos peritos na arte do encontro; não a organizar eventos ou a fazer uma reflexão teórica sobre os problemas, mas, antes de mais nada, na reserva dum tempo para encontrar o Senhor e favorecer o encontro entre nós”, afirmou o Papa Francisco, na cerimónia que dava início, no Vaticano, a 10 de outubro de 2021, ao processo sinodal.

Em Portugal, depois dos momentos do anúncio e de algumas iniciativas de formação e constituição de equipas, o Sínodo chegou à realidade concreta das comunidades e o termo «sinodalidade» começou a ser descodificado no encontro face a face, na partilha de ideias e opiniões.

A reportagem do programa 70×7, a emitir este domingo com emissão às 7h26, na RTP2,  vai ao encontro dos grupos de reflexão sinodal que estão a acontecer na comunidade das azenhas do Mar, em Sintra, da comunidade da Capela do Rato e da paroquia de São Tomás de Aquino, ambas em Lisboa.

HM/LS

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