JMJ 2023: Presidente da Conferência Episcopal projeta jornada aberta a «todos os jovens» (c/vídeo)

D. José Ornelas assume intenção de « diálogo, abertura, acolhimento», para lá das fronteiras da Igreja Católica

Fátima, 15 abr 2021 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje em Fátima que a próxima Jornada Mundial da Juventude (ECCLESIA), que Lisboa recebe no verão de 2023, quer ser aberta a “todos os jovens”.

“As jornadas são uma organização da Igreja Católica, por iniciativa do Papa, para os jovens. Quereríamos muito que não fossem só jovens católicos e que fossem outros, porque assim é que a Igreja cumpre a sua missão”, referiu D. José Ornelas aos jornalistas, no final da 200ª Assembleia Plenária do episcopado, que decorreu desde segunda-feira.

Durante os trabalhos, indica o comunicado final, os bispos foram informados sobre o andamento de preparação da JMJ 2023, com a presença do secretário-executivo da iniciativa, Duarte Ricciardi.

O presidente da CEP admitiu que o evento está “em constante avaliação”, recordando que já foi tomada a decisão de adiar a jornada do verão de 2022 para 2023.

“Foi uma medida realista”, acrescentou.

Para o bispo de Setúbal, fundamental é a “concentração dos jovens”, procurando adaptar o programa “às necessidades e condições” que existirem.

O responsável católico destacou o convite à participação de todos, numa atitude de “diálogo, abertura, acolhimento”.

“É uma tradição das jornadas, de estarem abertas”, precisou.

D. José Ornelas falou de uma “jornada da juventude, para a juventude e de anúncio à juventude”, com atenção às “periferias”.

O presidente da CEP falou, a respeito do impacto da pandemia, da necessidade de garantir que todos são vacinados.

“Precisamos todos de pensar, sentir e agir a nível geral, mundial”, apelou, sublinhando que “se ficar um país para trás, isso vai custar caro, no futuro”.

A escolha de Lisboa como primeira cidade portuguesa a acolher uma edição internacional da JMJ aconteceu há dois anos, no dia 27 de janeiro de 2019, no Panamá.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

OC

A Assembleia da CEP “manifestou a sua preocupação e solidariedade pelos que foram atingidos por desastres naturais, como recentemente em Timor, e pelas inúmeras vítimas de terrorismo e de guerra, como acontece na Província de Cabo Delgado em Moçambique”.

 

 

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