JMJ 2023: Francisco volta a Portugal, para viagem centrada no encontro com as novas gerações

Visita mais longa de um Papa ao país tem passagens por Lisboa, Cascais, Fátima e Oeiras

Cidade do Vaticano, 02 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa inicia hoje a sua segunda visita a Portugal, para participar na JMJ Lisboa 2023, que se iniciou esta terça-feira, num programa centrado no encontro com as novas gerações.

A agenda de cinco dias inclui ainda a visita a Fátima, na manhã de sábado, e vários encontros com estudantes, instituições de solidariedade, autoridades políticas, líderes religiosos e representantes da sociedade civil.

A chegada do Papa está prevista para as 10h00 do dia 2 de agosto, ao Aeroporto de Figo Maduro, seguindo-se a cerimónia de boas-vindas no Palácio de Belém (10h45) e, pelas 12h15, o encontro com entidades civis e diplomáticas no Centro Cultural de Belém.

De tarde, o Papa encontra-se com o presidente da Assembleia da República e com primeiro-ministro de Portugal, na Nunciatura Apostólica, antes de presidir à oração de vésperas no Mosteiro dos Jerónimos, pelas 17h30, com membros do clero e dos institutos de vida Consagrada, circulando sempre em veículo fechado.

O programa de 3 de agosto começa pelas 09h00, na sede da UCP, para um encontro com jovens universitários, onde vai ouvir o testemunho de uma refugiada iraniana, seguindo-se uma visita à sede de ‘Scholas Occurentes’, em Cascais, pelas 10h40.

O primeiro encontro com os peregrinos da JMJ acontece pelas 17h45, no Parque Eduardo VII, com a cerimónia de acolhimento, à qual Francisco chega no papamóvel.

A 4 de agosto, o Papa começa por confessar alguns jovens, no Parque do Perdão (Belém), às 09h00, seguindo-se um encontro com representantes de centros de assistência Sociocaritativa no Centro Paroquial de Serafina, em Lisboa.

A organização da JMJ indicou que o Papa se vai encontrar com líderes religiosos, na Nunciatura Apostólica, pelas 11h30.

Francisco almoça com jovens, na Nunciatura Apostólica, e o programa do dia encerra-se com a celebração da Via-Sacra, pelas 18h00, no Parque Eduardo VII, com reflexões escritas por jovens dos cinco continentes.

A 5 de agosto, sábado, o Papa desloca-se para Fátima, em helicóptero, desde a Base Aérea de Figo Maduro, chegando à Cova da Iria para recitar o terço com jovens doentes, pelas 09h30, na Capelinha das Aparições.

A estadia no Santuário de Fátima conclui-se pelas 11h00, regressando Francisco a Lisboa, onde às 18h00 decorre o tradicional encontro privado – nas viagens internacionais – com os membros da Companhia de Jesus (Jesuítas), no Colégio de S. João de Brito.

Os momentos conclusivos da JMJ Lisboa 2023 decorrem a partir das 20h45, no Parque Tejo, com a vigília de oração.

Francisco regressa ao local no domingo, pelas 09h00, presidindo à Missa final da JMJ e à recitação do ângelus; de tarde, às 16h30, decorre o encontro com os voluntários da Jornada, o Passeio Marítimo de Algés.

A cerimónia de despedida, na Base Aérea de Figo Maduro, está marcada para as 17h30.

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, adiantou aos jornalistas que Francisco vai falar em espanhol – com exceção do primeiro discurso, em Belém, que será em italiano –, nas 11 intervenções previstas em Lisboa e Fátima.

“O Papa conhece a cultura portuguesa”, sublinhou o porta-voz do Vaticano, destacando que os discursos vão incluir referências a escritores como “Pessoa e Saramago”.

Quanto à JMJ, Matteo Bruni projetou que as várias intervenções do Papa vão constituir uma “grande catequese”, com atenção aos “medos e sonhos” dos jovens e denunciando tentativas de “explorar” as novas gerações, mesmo virtualmente.

A visita de cinco dias do Papa constitui a mais longa das viagens papais a Portugal, até hoje.

Questionado sobre um eventual encontro de Francisco com vítimas de abusos sexuais, Matteo Bruni precisou que o mesmo será divulgado sempre “depois” de ter acontecido, “se existir”.

“Estes encontros, quando acontecem, acontecem de forma reservada, para facilitar o processo de cura, que é sempre pessoal, íntimo”, precisou.

Em maio de 2017, Francisco tornou-se o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (13 de maio de 1967), João Paulo II (12-15 de maio de 1982; 10-13 de maio de 1991; 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de 2010); São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.

Desde a sua eleição pontifícia, em 2013, o Papa visitou 60 países: Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos),  Malta, Canadá, Cazaquistão, Barém, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Hungria; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Genebra (Suíça).

OC

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