JMJ 2023: D. José Ornelas diz que Francisco vai a Fátima «rezar» pelos jovens

Bispo diocesano e reitor saúdam grande presença de peregrinos a pé e do estrangeiro

Foto: Lusa

Fátima, 12 mai 2023 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima disse hoje que os detalhes da visita do Papa Francisco à Cova da Iria, em agosto, “estão ainda em estudo”, precisando que o programa, no geral, está “determinado”.

“[O Papa] vem rezar por todas as pessoas e [os] jovens”, referiu D. José Ornelas, em conferência de imprensa, no lançamento da peregrinação aniversário de maio, no Santuário de Fátima.

As celebrações são presididas pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, a poucos meses da visita do Papa a Portugal, onde vai celebrar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

O bispo de Leiria-Fátima sublinhou a importância da presença de “um dos mais diretos colaboradores do Papa Francisco”.

“Esperamos vê-lo de novo, por ocasião da JMJ”, acrescentou.

D. José Ornelas, também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, fala da JMJ como um evento que “ultrapassa claramente” todos os encontros promovidos até hoje no país.

O reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, destacou que a presença do Papa em agosto será “um momento particularmente importante”, realçando que esta será “a primeira vez” que uma visita pontifícia decorre fora do contexto das celebrações do 13 de maio.

O secretário de Estado do Vaticano preside à peregrinação internacional aniversária de maio, em Fátima, que se celebra este ano com a presença dos símbolos da JMJ e o tema do encontro de 2023, em Lisboa, ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’.

O padre Carlos Cabecinhas destacou o “regresso em força dos peregrinos a pé”, após anos marcados pela Covid-19, e apontou a números “particularmente encorajadores” de peregrinos estrangeiros, que podem chegar aos níveis pré-pandemia.

Para as celebrações do 13 de maio fizeram-se anunciar, até ao momento, 136 grupos de 26 países.

O reitor do Santuário de Fátima apontou ainda à visita do Papa, em agosto, esperando receber todos os que não vão poder deslocar-se a Lisboa, para a JMJ, e não “deixarão de querer estar com o Papa”, particularmente os emigrantes portugueses.

Para o padre Carlos Cabecinhas, esta será também uma oportunidade para “projetar Fátima junto dos mais jovens”, com a criação de propostas próprias, num projeto intitulado ‘Viver Fátima na JMJ’.

Foto: Santuário de Fátima

O responsável recordou a oração pela paz com o Papa, em março de 2022, na consagração da Ucrânia e da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, que projetou Fátima como “lugar de paz”.

“Queremos rezar pela paz”, acrescentou, evocando os conflitos na Ucrânia, Sudão ou Síria.

Questionado sobre o processo de beatificação e canonização da Irmã Lúcia, vidente de Fátima, o padre Carlos Cabecinhas admitiu que gostaria de ver o reconhecimento das virtudes heroicas – a declaração como “venerável” – “ainda este ano”.

Centenas de milhares de pessoas são esperadas na Cova da Iria, na primeira grande peregrinação anual, com muitos peregrinos a pé a percorrer os caminhos até Fátima, nos últimos dias.

Esta noite, antes de se iniciar a recitação do terço, os símbolos da JMJ – a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’ – descerão até à Capelinha desde o topo norte do recinto, permanecendo no Santuário até ao final da Missa Internacional, no dia 13.

Durante a noite e madrugada do dia 13, a Cruz e o ícone mariano estão na Vigília Jovem na Basílica de Nossa Senhora do Rosário e, às 02h00, da acompanham a Via-sacra no caminho dos Pastorinhos até ao Calvário Húngaro.

OC

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Agência ECCLESIA

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