Cardeal português disse que impacto junto de jovens que «não estavam presentes ou envolvidos em nenhuma outra realidade eclesial» são «um dos frutos mais importantes» do encontro de Lisboa para a Igreja e para a sociedade
Roma, 23 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 apresentou hoje várias dimensões da experiência portuguesa, como o “trabalho inovador” na deficiência ou a “atenção à cultura”, como “frutos” do encontro internacional para a Igreja e a sociedade.
“Nas dioceses de Portugal e na sociedade portuguesa, estamos a tentar cuidar da semente lançada à terra durante a preparação e organização da JMJ Lisboa 2023, para que ela continue a florescer e a dar frutos. Sabemos que cabe a cada um de nós fazer a sua parte, conscientes de que tudo depende Dele. Esta descoberta é o maior fruto”, disse D. Américo Aguiar, falando no Congresso Internacional de Pastoral Juvenil, em Roma, promovido pela Santa Sé.
‘Da JMJ Lisboa 2023 à JMJ Seul 2027’, a capital da Coreia do Sul acolhe a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, é o tema do primeiro dia da iniciativa.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 sublinhou que “as estruturas locais, regionais e nacionais, com a participação de membros da Igreja e das várias organizações civis, ainda hoje estão em funcionamento e acreditamos nos frutos que continuarão a dar”.
D. Américo Aguiar sugeriu que esta experiência “se repita em futuras JMJ”.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 destacou que o voluntariado “é outro grande fruto”, “ultrapassou todos os objetivos sonhados”, e os voluntários são “um dos frutos mais doces e gratificantes”, recordando jovens e adultos “no recinto da JMJ e por todo o país”, e lembrou o último momento da Jornada, o encontro do Papa Francisco com os voluntários.
D. Américo Aguiar destacou também “o papel único e decisivo do peregrino número um de todas as JMJ, o Papa”, no caso de Francisco o “apoio e dedicação” “incansável” na preparação e organização destes encontros, o cardeal português foi “muitas vezes a Roma para audiências”, entre 2019 e 2023.
Ainda no âmbito dos voluntários, o bispo de Setúbal lembrou as ‘Famílias de Acolhimento’, que receberam peregrinos em suas casas, “uma característica única de cada Jornada Mundial da Juventude”.
O “trabalho inovador” da área da deficiência é também um dos “belos frutos da JMJ Lisboa 2023”, que os responsáveis querem “continuar em Portugal e que pode e deve ser replicado em futuras JMJ”.
Já a atenção à cultura, à arte e à música foi apresentada como “um elemento diferenciador” na Jornada portuguesa, para a qual se criou uma orquestra, que continua a reunir-se.
Aos participantes do Congresso Internacional de Pastoral Juvenil, o cardeal português também apresentou a rede de embaixadores das JMJ em Portugal como “outro fruto muito valioso”, para “acompanhar peregrinos de todo o mundo”.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 destacou a criação de “células a nível de cada paróquia, de cada vigararia e de cada diocese”: o LOC (Comité Organizador Local) a nível central e 21 COD – Comités Organizadores Diocesanos, “um por cada diocese”, criaram os COV, “correspondentes a centenas de Vicariatos em Portugal” e chegaram às paróquias, “com milhares de COP”.
“Esta estrutura envolveu milhares de jovens em todo o Portugal continental e nas ilhas desde 2019. Muitos destes jovens não estavam presentes ou envolvidos em nenhuma outra realidade eclesial, e foram e são um dos frutos mais importantes para a Igreja e para a sociedade portuguesa”, indicou.
Mais de 1,6 milhões de pessoas estiveram em Lisboa durante a “primeira semana de agosto de 2023”, e, segundo D. Américo Aguiar, quando o Patriarcado de Lisboa apresentou a candidatura para acolher a Jornada Mundial da Juventude “todas as autoridades civis se envolveram” e encontraram “um apoio total e imediato de todas”.
O responsável católico realçou também a “verdadeira fraternidade” entre os organizadores da última e da próxima JMJ, a estreita colaboração com a Santa Sé, em particular com o organismo que tutela a JMJ, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
CB/OC
O Congresso Internacional de Pastoral Juvenil, com o tema geral ‘Por uma pastoral juvenil sinodal: novos estilos e estratégias de liderança’, é organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé), entre esta quinta-feira e sábado, com cerca de 300 delegados das Conferências Episcopais de 110 países, incluindo Portugal. A iniciativa decorrer em Roma, na Casa de acolhimento ‘Il Carmelo’; no programa destaca-se ainda uma audiência com o Papa Francisco e uma Missa presidida por D. Américo Aguiar, este sábado, último dia do evento. O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) indicou que estão a participar neste congresso internacional o seu assistente eclesiástico, o padre Filipe Diniz (Diocese de Coimbra), e Maria Beatriz Viana (Patriarcado de Lisboa), membros deste organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). |