Padre Carlos Cabecinhas explicou que a prioridade do próximo triénio na Cova da Iria é a juventude
Fátima, 22 jun 2019 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima mostrou-se hoje “especialmente alegre e felize” pelo Papa Francisco ter escolhido um tema mariano para as Jornadas Mundiais da Juventude 2022, que vão realizar-se em Lisboa.
“O anúncio deste tema não só nos deixa especialmente alegres e felizes porque é mariano, mas também nos responsabiliza de forma especial; compromete e envolve-nos ainda mais profundamente na preparação e na vivência destas jornadas mundiais da juventude”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas, em declarações à Agência ECCLESIA e à Sala de Imprensa do santuário.
O Papa Francisco anunciou este sábado que a edição portuguesa da JMJ (37.ª) tem como tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39), uma passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista.
O reitor do Santuário de Fátima salientou que no Sínodo dos Bispos dedicado à juventude, em outubro de 2018, Maria apareceu “não apenas como a intercessora, mas como modelo” e agora esta “dimensão exemplar” volta a ser reproposta e reapresentada, para que os jovens “assumam” Maria “como modelo daquele que sai de si e leva Jesus Cristo”.
“É uma boa notícia e é um grande desafio”, destacou o padre Carlos Cabecinhas adiantando que os jovens vão ser “o grande desafio pastoral” do santuário da Cova da Iria até à Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, no verão de 2022.
“Muito recentemente, quer a nível do Conselho Pastoral do Santuário, quer a nível do Conselho Nacional [respetivamente a 13 e 17 de junho] foi aprovada esta prioridade aos jovens e à pastoral juvenil neste tempo que nos separa na realização da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa. O santuário já tinha decidido dedicar à juventude a sua prioridade pastoral, procurando prestar especial atenção aos jovens, ao acolhimento, à apresentação da figura de Maria como modelar para os jovens”, desenvolveu, esta tarde, à margem do Simpósio Teológico-Pastoral de Fátima.
O reitor salientou que o Santuário de Fátima está “plenamente disponível” para o que a Comissão Organizadora Local da JMJ Lisboa “quiser pedir e preparar”, observando que vão estar preparados para acolher os jovens que forem a Fátima, numa “certeza” de que muitos jovens “vão querer passar” pela Cova da Iria.
A imagem n.º 1 da Virgem Peregrina de Fátima esteve no Panamá, primeiro país da América Central a acolher as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), entre 21 e 29 de janeiro.
Em 2020, a celebração da JMJ acontece a nível diocesano, nas várias comunidades católicas, no Domingo de Ramos (5 de abril) e o tema escolhido pelo Papa Francisco é ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7, 14), uma afirmação de Jesus Cristo que surge no contexto de um relato de ressurreição do filho único de uma mulher viúva – uma situação de particular fragilidade no contexto do mundo judaico de então.
Para 2021, com celebração igualmente a nível diocesano (28 de março), a proposta é a passagem do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos relativa à conversão de São Paulo: “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!” (At 26, 16), anunciou o Papa Francisco esta manhã, aos jovens do XI Fórum Internacional da Juventude, encontro dedicado ao Sínodo e à Exortação Apostólica ‘Cristo Vive’ onde participaram três portugueses.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível local (diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade promovidas pela Igreja Católica e são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.
LS/CB