Discurso de boas-vindas elogiou atenção de Francisco pelas periferias da sociedade
Rio de Janeiro, Brasil, 25 jul 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco foi hoje saudado por um casal de moradores na favela da Varginha, no Rio de Janeiro, em nome de toda a comunidade, que lhe agradeceram o dia “muito especial” e “histórico”.
“Todas as periferias olham e se identificam com o ministério que o senhor, pai Francisco, continua a exercer indo ao encontro daqueles que são ‘invisíveis’ a sociedade. Obrigado, pelo testemunho e amor”, afirmaram Rangler dos Santos Irineu e Joana Alves de Souza Carvalho.
O Papa entrou na cada de uma família de moradores da comunidade, onde esteve durante cerca de 10 minutos, num momento que não foi acompanhado pelas câmaras de televisão.
O casal que cumprimentou Francisco disse que “não é só” a Varginha que acolhe o Papa mas que também o “pai Francisco”, acolhe “todos e, especialmente, os mais pobres”.
“Talvez somente agora, pai, seja possível encontrar a resposta porque esta comunidade está recebendo a sua visita. Porque somos pequenos, pobres, esquecidos, e mesmo diante dos aplausos e holofotes, permanecemos fiéis a Deus, simples, humildes e unidos”, explicaram.
Os representantes evocaram a história desta favela, “comum a muitas outras que também se sentem visitadas no dia de hoje”.
Este é um lugar dos “desfavorecidos, dos esquecidos pela sociedade e pelo poder público”, mas não pelo Papa.
Rangler dos Santos Irineu revelou que a atenção do poder político pela favela mudou quando foi anunciada a sua visita, que deu visibilidade nacional e internacional.
O casal, ativos nas atividades pastorais da paróquia, revelaram que em 1971, uma família “rica” que “dedicou sua vida a cuidar dos doentes, dos órfãos”, ofereceu a capela da comunidade, hoje uma igreja.
Rangler Irineu e Joana Carvalho resumem a sua história e apresentam-se como fazendo parte de “uma juventude que busca em Deus a sua força”.
A comunidade acaba por agradece mais uma vez a visita e a escolha de Francisco pela Varginha que esperam “não seja a única”.
Comunidade foi escolhida pela Arquidiocese do Rio de Janeiro entre mais de 750 propostas.
CB/OC