Jamboree Mundial chegou ao fim

Contingente português foi o maior de sempre num evento deste género, celebrando o centenário do Escutismo Chegou ao fim, na Inglaterra, o Jamboree Mundial que assinalou o primeiro centenário do Escutismo, reunindo mais de 40 mil participantes ao longo de quase duas semanas, em representação dos 80 milhões de escuteitos de todo o mundo. O contingente português foi o maior de sempre num evento deste género: 850 escuteiros portugueses levaram as cores da bandeira nacional e tiveram oportunidade de dar a conhecer a cultura e as tradições do povo português a jovens de mais de 200 países. Com mensagens de paz e esperança, os escuteiros regressam agora aos seus países de origem, depois de uma experiência única, que junta pessoas de todas as religiões, enraizada no mais profundo ideal de Badn-Powell, fundador do Escutismo. Simbolicamente, jovens do Líbano e de Israel partilharam a mesma área no acampamento, enquanto que indianos e paquistaneses podiam falar abertamente sobre as diferenças entre os seus países, unidos pelo ideal escutista. Para Eduardo Missoni, Secretário-Geral mundial do Movimento Escutista, o segredo do fundador “foi a capacidade de entender a necessidade dos jovens em terem valores, ideias, com uma dimensão prática, aprendidos através da experiência, do trabalho de grupo”. Por isso, refere Missoni ao Programa ECCLESIA, ainda hoje o Escutismo responde a “necessidades práticas e profundas dos jovens do nosso tempo”. O acampamento de Hylands Park ficará na memória dos escuteiros portugueses que ali estiveram, unânimes em considerarem estes dias como “uma experiência única”. Durante o Jamboree, os participantes participaram em centenas de actividades, desde desportos aquáticos a debates sobre o desenvolvimento global, as mudanças climáticas ou a pandemia da SIDA. 300 mil horas de serviço comunitário foram prestadas pelos participantes, na região de Essex, no Sul da Inglaterra. Cores da lusofonia José Araújo, chefe do contingente português, não esconde a sua satisfação pelo número de escuteiros do nosso país que se deslocou até à Inglaterra, apesar da distância e dos custos inerentes à inscrição, à viagem e à estadia no local. Para 2011, o sonho de chegar aos “dez vezes cem”, os mil participantes. Por entre as tendas dos inúmeros países, circulou a música e a tradição de Portugal, com o colorido dos caretos ou o espectáculo dos pauliteiros. José Machado, Secretário Internacional do CNE, explica que o objectivo era “partilhar a nossa cultura e aprender a dos outros, porque isso torna o jovem muito mais preparado para enfrentar a vida”. Pelo quarto ano consecutivo, os países de língua oficial portuguesa uniram-se no dia da Lusofonia. José Machado explica que na Inglaterra estiveram 1700 escuteiros de Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Macau e Timor-Leste, para além de escuteiros lusófonos da missão portuguesa em Genebra (Suíça), do Canadá e dos EUA. Numa área dedicada à cultura portuguesa, os escuteiros davam a saborear a gastronomia nacional ou convidavam jovens de outros países a fazer tapetes de Arraiolos e pintar Galos de Barcelos. José Gouveia, coordenador dos ateliês de Portugal, revela que do nosso país foram apresentados 10 espaços onde se procurava apresentar “a diversidade” para que os participantes do Jamboree possam “aprender algo da cultura dos outros países”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top