Organização «Save The Children» alerta para efeito da guerra nas crianças
Lisboa, 14 mai 2021 (Ecclesia) – Os patriarcas e chefes de Igrejas de Jerusalém mostraram-se “profundamente desanimados e preocupados” com os recentes atos de violência em Jerusalém Oriental.
“Esses eventos, que ocorreram tanto na Mesquita de Al Aqsa como no (bairro) Sheikh Jarrah, violam a santidade do povo de Jerusalém e de Jerusalém como a Cidade da Paz”, referem, numa declaração conjunta publicada esta quinta-feira.
Os responsáveis cristãos apelam à comunidade internacional para que intervenha, pondo ponto final em “ações provocatórias”, convidando ainda à oração pela paz.
“O caráter especial de Jerusalém, a Cidade Santa, com o atual status quo, obriga todas as partes a salvaguardar a já delicada situação da Cidade Santa. A crescente tensão, apoiada principalmente por grupos radicais de direita, põe em perigo a já frágil realidade em Jerusalém e nos arredores”, desenvolvem os signatários.
Na declaração, publicada no sítio online do Patriarcado Latino de Jerusalém, os responsáveis religiosos assinalam que estas ações violentas “prejudicam a segurança dos crentes e a dignidade” dos cidadãos palestinos, “sujeitos a despejo são inaceitáveis”.
O Conselho de Igrejas do Médio Oriente (MECC) também lançou um apelo para que a comunidade internacional e todas as forças envolvidas intervenham para travar a violência em Jerusalém, salvaguardando os direitos dos palestinos.
O portal ‘Vatican News’ assinala que o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, condenou o lançamento de rockets e pediu moderação a Israel; uma criança morreu em Sderot, cidade israelita perto da Faixa de Gaza, e 15 crianças morreram na Faixa de Gaza.
“Foi uma noite muito difícil para todos, eu não dormi nada. A situação é de terror, há crianças morrendo e estamos sendo bombardeados de todos os lados”, disse Yasmine, de 11 anos, a um agente da ‘Save the Children’.
A violência entre Israel e grupos palestinos começou na segunda-feira e o diretor da ‘Save the Children’ nos territórios palestinos explica que os agentes da organização “lutam para tranquilizar e apoiar” os seus filhos mas, para eles, como para todas as famílias em Gaza, “as últimas 48 horas são de horror”.
“As famílias em Gaza vivem em áreas superpovoadas e com os territórios bloqueados que as impedem de fugir ou se refugiar em outro lugar”, realçou Jason Lee.
A ‘Save the Children’ convida que todas as partes do conflito a ter precauções suplementares para proteger as escolas dos ataques.
CB/OC