Arcebispo sírio-católico de Hadiab-Erbil afirma que cumpre-se agora a vontade de João Paulo II e Bento XVI
Lisboa, 07 dez 2020 (Ecclesia) – O arcebispo sírio-católico de Hadiab-Erbil, D. Nizar Semaan, afirmou hoje que a visita do Papa Francisco cumpre um desejo dos Papas João Paulo II e Bento XVI e confirma o “lugar” da comunidade cristã local na Igreja universal.
“O Papa João Paulo II esperou visitar-nos, o Papa Bento XVI também e agora finalmente o Papa Francisco vai fazer a visita ao nosso país. Nós agradecemos esta significativa visita, pois sabemos como será difícil – ainda estamos na emergência da COVID, o Papa já tem alguma idade e não deve viajar muito, por isso a sua visita é tudo o que há de mais importante e um sinal do nosso lugar na Igreja universal ”, afirmou em declarações à Ajuda à Igreja que Sofre.
Para o arcebispo sírio-católico de Hadiab-Erbil a visita vai mostrar como os membros da comunidade cristã estão “todos juntos” e unidos à Igreja universal.
Para o presidente internacional da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a visita do Papa Francisco ao Iraque é um “sinal de esperança” para os cristãos do país e vai dar-lhes “novas razões para permanecer na sua terra natal”.
“A notícia da viagem apostólica do Papa ao Iraque enche-nos de grande alegria e gratidão. Os cristãos no Iraque esperaram esta notícia com expectativa”, disse Thomas Heine-Gelder em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.
O presidente internacional da AIS considera que a visita do Papa “é um sinal de esperança para os cristãos perseguidos que tiveram de enfrentar uma verdadeira via sacra de perseguição e discriminação durante décadas”.
“Esta viagem é um sinal de proximidade e preocupação do Papa pelos cristãos do Médio Oriente. A visita vai fortalecê-los e dar-lhes novas razões para permanecer na sua terra natal”, acrescentou.
Para Thomas Heine-Gelder, “sem o apoio do Santo Padre e da Igreja, estas comunidades que foram o berço do cristianismo, estão ameaçadas de extinção”.
Catarina Martins Bettencourt, diretora da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, disse por sua vez à Agência ECCLESIA que a visita do Papa Francisco ao Iraque é “muito positiva” para a comunidade cristã local “chamando a atenção para os seus problemas, das suas inseguranças, das suas fragilidades, da forma como tem sido descriminada, perseguida no seu próprio país”.
A diretora da FAIS lembrou que a comunidade cristã está a “sofrer bastente desde que foi expulsa das suas terras, sem que muitos cristãos tenham conseguido regressar”.
Catarina Martins Bettencourt afirma que a visita do Papa vai “dar ânimo, alento, conforto à comunidade cristã que, apesar de todas as dificuldade, continua presente no seu país”.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé informou hoje que o Papa Francisco vai retomar as viagens apostólicas com uma deslocação ao Iraque, entre os dias 5 e 8 de março de 2021
PR