Pelo menos 83 pessoas morreram quando atravessavam de ferry o rio Tigre
Cidade do Vaticano, 22 mar 2019 (Ecclesia) – O Papa lamentou hoje a mais recente tragédia humana ocorrida no Iraque, onde pelo menos 83 pessoas morreram na sequência do naufrágio de uma embarcação no rio Tigre, em Mossul.
Numa carta publicada esta sexta-feira pela sala de imprensa da Santa Sé, e já remetida às autoridades eclesiásticas e civis do Iraque, Francisco afirma a sua “profunda consternação” pelo “trágico” incidente, que custou a vida a tantas pessoas.
O Papa argentino declara ainda a sua total “solidariedade” e proximidade “na oração” a “todas as famílias enlutadas”, bem como “a todas as autoridades locais e ao pessoal dos serviços de emergência” que estiveram envolvidos no apoio às vítimas.
Este naufrágio no rio Tigre, que aconteceu na quinta-feira, é o acidente mais mortífero ocorrido no Iraque nos últimos anos.
De acordo com os dados apurados pelas autoridades, a tragédia terá tido origem em dois fatores: a sobrelotação da embarcação e o nível alto das águas no rio Tigre, nesta altura do ano.
No referido navio, um ferry que fazia habitualmente a travessia do rio Tigre, seguiam mais de 100 pessoas, entre as quais muitas famílias que estavam a caminho de uma ilha turística situada naquela região, para participarem na tradicional festa do Noruz, o ano novo persa, dia feriado no Iraque, e também no Dia da Mãe.
Na sequência deste acidente mortal, as autoridades já chamaram para interrogatório pelo menos 9 funcionários da referida embarcação e emitiram um mandato de detenção contra o dono da ilha turística para onde o ferry se estava a dirigir.
O último acidente envolvendo uma embarcação no Iraque remonta a 2013, quando um barco-restaurante naufragou também no rio Tigre mas mais junto à capital, Bagdad, provocando cinco mortos.
JCP