Mais de 90% da população da cidade era cristã
Lisboa, 07 ago 2014 (Ecclesia) – A Fundação internacional Ajuda à Igreja que Sofre revelou hoje que os militantes islâmicos atacaram esta quarta-feira Qaraqosh, “um dos últimos refúgios para os cristãos no norte do Iraque”.
“A cidade de Qaraqosh, um dos últimos refúgios para os cristãos no norte do Iraque, foi atacada e tomada pela força, esta quarta-feira, por militantes jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e o Levante”, informa a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
Quaraqosh é a sede do Arcebispado de Mossul onde está situado o seminário maior e diversas congregações religiosas femininas.
Segundo a AIS, até ao ataque, “a população da cidade era composta provavelmente por mais de 90 por cento de cristãos”.
“Um desastre” é a forma como Maria Lozano, uma das responsáveis pela estrutura de Comunicação da AIS a nível internacional, classificou a situação das pessoas em Qaraqosh.
“As estruturas locais da Igreja estão a tentar ajudar esta nova multidão calculada em mais de 100 mil refugiados, dando-lhes abrigo, alimentos, água potável”, adianta a fundação pontifícia.
Para além dos cristãos, também outras minorias religiosas, como os yezidis, foram atacados nestas ações militares que decorrem em regiões controladas pelos Curdos.
O ataque a Quaraqosh ocorreu quando o secretariado português da Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, com outras congéneres internacionais, promoveram uma jornada pela paz no Iraque e consequente defesa dos cristãos.
Sobre esta iniciativa a AIS informa que “teve enorme repercussão mediática em Portugal, com praticamente todos os meios de comunicação social nacionais a fazerem eco” e a adesão dos portugueses verificou-se pelo “enorme impacto na divulgação” nas redes sociais, como Twitter e Facebook.
AIS/CB