Lisboa, 27 ago 2014 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre revelou que os cristãos que ainda vivam em Qaraqosh foram capturados pelos militantes do Estado Islâmico e as mulheres vão ser “vendidas como escravas ou forçadas a casar com jihadistas”.
A cidade de Quaraqosh é a sede do Arcebispado de Mossul onde está situado o seminário maior e diversas congregações religiosas femininas e depois do ataque, dos militantes do Estado Islâmico (IS), de 6 de agosto, era um dos últimos refúgios para cerca de uma centena de cristãos no norte do Iraque.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) relembra que alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em comunicado sublinhou que a ação dos militantes do IS contra “homens, mulheres e crianças que pertencem a minorias religiosas ou étnicas” representam uma "limpeza étnica e religiosa” e são “privação terrível, generalizada e sistemática dos direitos humanos no Iraque”.
A responsável alerta que é necessário apoio humanitário – “distribuição de alimentos, água potável, medicamentos, tendas de abrigo e roupa” – e, revela a AIS, apela às “autoridades iraquianas e da região autónoma do Curdistão para não pouparem esforços na ajuda aos milhares de refugiados”.
“Assassinatos seletivos, conversões forçadas ao Islão, sequestros, tráfico, escravidão, abuso sexual, destruição de locais de importância religiosa e cultural”, e "o cerco de comunidades inteiras devido à afiliação étnica, religiosa ou sectária" são violações que a AIS destaca das descrições de Navi Pillay.
Por isso, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos diz que “os ataques e execuções” dos militantes do IS, ou grupos associados, “podem ser considerados crimes contra a humanidade”.
A fundação pontifícia AIS relembra também que D. Louis Sako, patriarca caldeu do Iraque, apelou a uma intervenção urgente da comunidade internacional, “em especial dos países da União Europeia e os Estados Unidos da América”.
AIS/CB/OC