Projeto apresentado em conferência internacional
Lisboa, 28 set 2017 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresenta hoje em Roma um “ambicioso plano” para a reconstrução de igrejas e de casas dos cristãos na Planície de Nínive, no Iraque.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a fundação pontifícia apresenta como ação prioritária o projeto de reconstrução das aldeias e dos povoados cristãos destruídos ou parcialmente danificados pelos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico.
“Este ambicioso projeto está orçado em cerca de 250 milhões de dólares e é já considerado como essencial para a manutenção da presença da comunidade cristã nesta região bíblica”, explica, acrescentando que se inspiraram de alguma forma no ‘Plano Marshall’, que permitiu a reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial.
Para a concretização do projeto foi criado um comité para a Reconstrução da Planície de Nínive, que engloba representantes de todas as Igrejas presentes no Iraque, técnicos de engenharia, arquitetos e gestores.
Segundo a AIS calcula-se que aproximadamente 12 mil famílias, cerca de 95 mil pessoas, tenham abandonado tudo o que tinham quando foram “forçadas a fugir”, no verão de 2014.
“As casas foram saqueadas e destruídas e as igrejas também, as escolas e os hospitais. Só em estruturas ligadas diretamente à Igreja – templos, conventos, salas paroquiais, seminários e jardins-de-infância – foram identificados 363 edifícios”, contextualiza ainda a instituição.
O comunicado destaca ainda que a Fundação AIS já contribuiu com 36,6 milhões de dólares, desde 2014, para o alojamento e alimentação dos cristãos desalojados que vivem no norte do Iraque.
A conferência internacional ‘Iraque, o regresso às raízes’, que está a decorrer na Universidade Pontifícia Lateranense, em Roma, conta com a presença do presidente Internacional da AIS, cardeal Mauro Piacenza, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o patriarca caldeu D. Louis Sako, o arcebispo sírio-ortodoxo de Mossul, D. Alberto Ortega Martinez, o arcebispo sírio-católico de Mossul, Youhanna Petros Mouche e o padre Andrzej Halemba, responsável pelos projetos da fundação pontifícia no Médio Oriente.
De Portugal marca presença no encontro a diretora do secretariado nacional da AIS, Catarina Martins.
CB/OC