Esperança renasce depois do ataque do Estado Islâmico em 2014 à região da Planície de Nínive
Lisboa, 31 jul 2017 (Ecclesia) – Dezenas de milhares de cristãos do Iraque vão regressar às suas casas, na Província de Nínive, três anos depois de terem sido obrigados a fugir para escapar a um ataque do grupo terrorista Estado Islâmico.
De acordo com a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, estes cristãos integram um contingente de “mais de 250 mil pessoas” que agora estão de volta às suas terras, uma vez consumada a retoma da cidade de Mossul, e de outros territórios da Planície de Nínive, às forças opressoras.
“Uma Comissão instituída pelas Igrejas siro-ortodoxa, siro-católica e caldeia, em colaboração com a Fundação AIS, tomou como missão a reconstrução de cerca de 13 mil casas cristãs, 669 das quais completamente destruídas pelos jihadistas”, pode ler-se.
No global, os trabalhos de reconstrução vão custar “mais de 250 milhões de euros”, sendo que a AIS conseguiu angariar “a nível internacional”, e numa primeira fase, “450 mil euros para a reconstrução das primeiras 100 casas”.
A esperança parece estar a renascer mas, segundo o patriarca caldeu Louis Sako, responsável pela comunidade católica, “a libertação de Mossul não apagou todos os fatores de risco e instabilidade”.
“Muitas casas foram destruídas durante o conflito e a ocupação jihadista, o que alimenta a incerteza sobre o futuro do regresso de muitas famílias cristãs para as suas terras de origem”, salienta.
Muitas das famílias cristas que escaparam em 2014 refugiaram-se no Curdistão Iraquiano, grande parte delas em Erbil.
“Ajudá-las no fornecimento de água, eletricidade, alimentos, medicamentos e no aluguer dos quartos e casas” tem sido “uma das prioridades da AIS”, que através dos seus benfeitores já garantiu apoios na ordem dos 30 milhões de euros, nos últimos três anos.
JCP