A situação das famílias cristãs no Curdistão é “extremamente delicada” refere o cardeal Louis Sako.
Lisboa, 02 de Jul 2020 – O cardeal Louis Sako considera que as famílias cristãs que vivem no Curdistão se encontram numa situação “extremamente delicada” devido ao ataque militar conduzido pela Turquia.
“Apesar de não serem o alvo do ataque dos soldados turcos, os cristãos estão a sofrer diretamente o impacto desta operação militar”, lê-se no portal de notícias do Vaticano.
A região do chamado Curdistão iraquiano, no norte do país, onde vivem muitas comunidades cristãs, “está a ser palco desde há algumas semanas de uma operação militar conduzida pela Turquia contra alvos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK, que Ankara considera uma organização terrorista”, refere uma nota da Fundação Ajuda à Igreja Que Sofre (FAIS)
Por causa da operação militar “em larga escala lançada” pelo governo de Ankara, as populações que vivem no Curdistão iraquiano estão “naturalmente assustadas” e na memória de todos está ainda a invasão da região por parte dos jihadistas do Daesh, o Estado Islâmico.
A agravar este cenário, “já de si tão duro, há ainda uma crise económica sem fim à vista no Iraque”, realça o cardeal Louis Sako.
Sem economia, com vastas regiões ainda atormentadas pela guerra e pelo fantasma do terrorismo, o Iraque tem de lidar também com as consequências do coronavírus.
A Igreja Católica está mobilizada no apoio às populações através das paróquias, distribuindo ajuda de emergência a todos, independentemente da religião que possam professar.
Em Abril, a Fundação AIS anunciou a criação, a nível internacional, de um fundo de emergências de cinco milhões de euros para ajudar sacerdotes e irmãs que prestam assistência às comunidades mais vulneráveis afetadas pelo coronavírus.
LFS