40 anos depois, a instituição interroga-se sobre o seu lugar A XI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, em Outubro próximo, vai ser marcada por três ideias fundamentais: colegialidade, inovação e continuidade. 40 anos depois da criação desta instituição permanente (Paulo VI, 15 de Setembro de 1965), os Bispos são desafiados a manter vivo o espírito de colegialidade nascido no II Concílio do Vaticano. D. Nikola Eterović, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, apresentou em conferência de imprensa o “Instrumento de Trabalho” (Instrumentum laboris) do Sínodo, que terá lugar no Vaticano, de 2 a 23 de Outubro próximo, sobre o tema “A Eucaristia, fonte e cume da vida e da missão da Igreja”. Na primeira mensagem do seu Pontificado, o Papa referira-se directamente à convocação do Sínodo dos Bispos de todo o mundo, sobre a Eucaristia. “Como Pedro e os outros Apóstolos constituíram por desejo do Senhor um único Colégio apostólico, do mesmo modo o Sucessor de Pedro e os Bispos, sucessores dos Apóstolos devem estar estreitamente unidos entre si”, disse Bento XVI na sua mensagem inaugural de pontificado. “Esta comunhão colegial, apesar da diversidade de papéis e funções do Romano Pontífice e dos Bispos, está ao serviço da Igreja e da unidade na fé, da qual depende em grande medida a eficácia da acção evangelizadora no mundo contemporâneo”, acrescentou. Para discutir a natureza jurídica e teológica do Sínodo, Bento XVI aceitou agora dedicar uma sessão do encontro de Outubro ao 40º aniversário da criação desta instituição episcopal. Além das assembleias gerais ordinárias, já tiveram lugar duas assembleias extraordinárias e 8 Sínodos especiais – seis continentais, um sobre a Holanda e outro sobre o Líbano. “As intervenções permitirão, por um lado, uma avaliação objectiva do caminho sinodal percorrida sob a orientação do Espírito Santo e, por outro, conselhos para actualizar a metodologia sinodal”, disse D. Eterović. O objectivo é que o Sínodo dos Bispos se torne “um instrumento cada vez mais eficaz para a comunhão e a colegialidade no seio da Igreja”.
