Indonésia: Papa vai visitar maior mesquita do sudeste asiático

Assinatura de declaração inter-religiosa e Missa com milhares de pessoas marcam ainda programa do quarto dia de viagem

Foto: Lusa/EPA

Jacarta, 04 set 2024 (Ecclesia) – O Papa vai visitar esta quinta-feira a Mesquita Istiqlal em Jacarta, a maior do sudeste asiático, para assinar uma declaração inter-religiosa, num dos momentos centrais da sua primeira viagem à Indonésia.

Francisco vai ainda presidir à Missa no Estádio Gelora Bung Karno, em que se esperam cerca de 80 mil participantes, no maior encontro com a comunidade católica local, uma minoria no país com mais muçulmanos no mundo.

Simbolicamente, a partir de 2019, a Mesquita Istiqlal, que pode acolher até 120 mil pessoas, ficou ligada à Catedral da Assunção, sede da arquidiocese católica, pelo “túnel da fraternidade”, que pretende ser um sinal de incentivo à fraternidade entre muçulmanos e católicos.

O Papa vai visitar este espaço pelas 09h00 locais (03h00 em Lisboa), acompanhado pelo grande imã de Jacarta, com quem vai também assinar a declaração conjunta.

Após a passagem pelo túnel, decorre um encontro, na grande tenda, onde vão ser lidas passagens do Corão e do Evangelho.

O programa deste quarto dia de viagem inclui, pelas 10h15, um encontro com responsáveis de instituições caritativas, na sede da Conferência Episcopal da Indonésia, e uma audiência privada com um grupo de doentes, pessoas com deficiência e pobres.

A Missa no Estádio Gelora Bung Karno, onde Francisco vai entrar em papamóvel, está marcada para as 17h00 locais (11h00 em Lisboa).

A celebração acontece no dia da memória litúrgica de Santa Teresa de Calcutá e vai ter orações em latim e indonésio, além de várias línguas regionais.

A Indonésia tem cerca de 8,3 milhões de católicos, que representam 3% da população, segundo dados do Vaticano.

Francisco é o terceiro pontífice visitar o arquipélago, depois de São Paulo VI em 1970 e de São João Paulo II em 1989.

São João Paulo II visitou ainda a Papua-Nova Guiné por duas vezes – em 1984, com uma paragem em Port Moresby, e em 1995, com paragens na capital e em Mount Hagen – a Singapura, em 1986, e Díli, na viagem de 1989, antes da independência timorense.

A viagem mais longa do pontificado, que inclui 44 horas de voo, percorrendo mais de 32 mil quilómetros, tem passagens por Jacarta (Indonésia), de 3 a 6 de setembro; Port Moresby e Vanimo (Papua-Nova Guiné), de 6 a 9 de setembro; Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

Desde a sua eleição, em 2013, o atual pontífice fez 45 viagens internacionais, tendo visitado 61 países, incluindo Portugal (2017 e 2023).

Além das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias viagens à Ásia oriental: Coreia do Sul (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015), Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão (2019) e Mongólia (2023).

OC

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