Cidade do Vaticano, 19 ago 2016 (Ecclesia) – O bispo do Funchal destaca a motivação das comunidades madeirenses em “darem as mãos” para, com os apoios que tem surgido dos mais variados quadrantes, recuperarem uma das regiões mais afetadas pelos incêndios deste verão.
Em entrevista à Rádio Vaticano, publicada esta sexta-feira, D. António Carrilho destaca a existência de “uma relação de fraternidade e solidariedade muito grande” que faz ter muita confiança no futuro.
A solidariedade manifesta-se em obras e o facto das pessoas e instituições olharem para as necessidades concretas da Madeira e procurarem ajudar-nos são gestos não só simpáticos mas muito apreciáveis. Com a ajuda de todos é que vamos construindo”, aponta aquele responsável.
No balanço mais recente sobre os fogos que assolaram a Região Autónoma da Madeira, e o Funchal principalmente, o governo regional falou em mais de 150 casas destruídas e perto de mil desalojados.
As chamas provocaram quatro mortos e vários feridos que tiveram de receber tratamento hospitalar, para além das centenas de pessoas que foram às urgências para observação.
Para D. António Carrilho, “agora é tempo de fazer o balanço das coisas, tomar bem o conhecimento da realidade”, através de um trabalho de proximidade com as pessoas “e a partir daí organizar-se um plano que vá dar resposta às diversas situações”.
“Além dos aspetos materiais, há aspetos psicológicos, espirituais, nós temos de estar próximos daqueles que mais sofreram”, frisa o bispo do Funchal.
Com o objetivo de contribuir para essa causa de reconstrução, a Cáritas Portuguesa colocou em marcha uma campanha de ‘ajuda à Madeira’, através da conta PT50 0035 0697 0059 7240130 28, da Caixa Geral de Depósitos.
Várias outras organizações e entidades católicas já expressaram a sua adesão a este esforço, como o Santuário de Fátima e a Irmandade da Torre dos Clérigos, na Diocese do Porto, e a Rádio Renascença.
JCP