CPV mostra-se disponível para «colaborar no que estiver ao seu alcance e lhe for específico»
Lisboa, 19 set 2024 (Ecclesia) – A Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) sublinhou o “trabalho extraordinário” de todos os que “têm estado nas linhas da frente dos vários combates travados contra os fogos” que assolam Portugal desde domingo.
O presidente da direção da CPV escreve, numa nota enviada à Agência ECCLESIA, que os tristes sentimentos provocados pelos incêndios, não podem silenciar o “regozijo” pelo trabalho de algumas das confederadas na batalha contra os incêndios.
Eugénio Fonseca destaca o papel da Liga dos Bombeiros Portugueses como representantes dos soldados da paz em Portugal “que têm demonstrado uma incomensurável coragem e dedicação, pondo as suas vidas ao serviço dos outros”.
“Com os bombeiros recordamos as equipas da proteção civil, inúmeros civis, que de forma voluntária e solidária, têm unido aos esforços no apoio às populações afetadas”, salienta.
Na mensagem, a CPV expressa “as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas mortais” e apresenta “a sua solidariedade a todas e todos os feridos, bem como quem viu as suas casas ou outro tipo de património perdidos num instante, mas que foram adquiridos ao longo de uma vida”.
Os incêndios que atingem Portugal continental desde domingo, sobretudo nas regiões centro e norte, já causaram 150 vítimas, entre as quais cinco mortos, e a área ardida já ultrapassa os 106 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, informa a Lusa.
A CVP “não esquece a dizimação de animais e de florestas que criarão perturbações nos micro ecossistemas, tornando-se numa catástrofe ambiental”, enfatizando também a necessidade de união “neste momento de dor e destruição”.
“O voluntariado é uma força de esperança e reconstrução, e acreditamos que, juntos, poderemos ajudar na recuperação das comunidades afetadas e na restauração do nosso património natural. A CPV está disponível para, em articulação, com as entidades competentes colaborar no que estiver ao seu alcance e lhe for específico”, pode ler-se no final da mensagem.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
LJ/OC