Organização manifesta «enorme preocupação» perante impacto dos fogos
Lisboa, 15 jul 2022 (Ecclesia) – A Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) manifestou hoje a sua “enorme preocupação” perante os incêndios que atingem o território nacional, pedindo um reforço de meios e apoio psicológico para bombeiros e familiares.
“Disponibilizem-se meios de combate proporcionais à dimensão e intensidade dos fogos, mesmo que para isso, se tenham de alocar verbas já destinadas a outros investimentos”, refere uma nota assinada pelo presidente da CPV, Eugénio Fonseca, e enviada à Agência ECCLESIA.
A organização apela aos responsáveis políticos, para que “sejam assegurados apoios, a nível psicológico, aos familiares dos que andam nos combates aos incêndios e os que sentem fragilizada a sua saúde mental pelo medo dos perigos que correram ou receiam vir ainda a correr”.
A CPV diz ainda que é necessário “responsabilizar, exemplarmente, os que de forma consciente e dolosa sejam confessos autores do hediondo crime de atear fogos”.
A nota recorda o “drama” dos que são atingidos pelos incêndios, que ameaçam as vidas de “milhares de soldados da paz, voluntários ou municipais, membros das Forças de Segurança e pessoas voluntariosas que vão em seu auxílio”.
Na certeza de que interpreta os mesmos sentimentos das suas 41 confederadas, a Direção da CPV quer tornar pública a sua incondicional solidariedade e incomensurável apreço por todas as mulheres, homens, jovens adultos que envergam a farda de soldados da paz e aos membros das Forças de Segurança que estão a arriscar as suas vidas com uma espantosa dedicação e em condições, na maioria das situações, muito precárias”.
A CPV deixa uma palavra particular para os feridos e seus familiares, assumindo a sua disponibilidade para cooperar em ações definidas pelas autoridades, sugerindo a criação de um Comité que, “ao longo do ano, se empenhe em campanhas que visem ações de sensibilização continuas e diversificadas”.
Entre 8 e de 15 julho registaram-se 1064 ocorrências, que envolveram 36 335 operacionais, 9842 meios terrestres e 550 missões de meios aéreos.
O território de Portugal Continental está em situação de contingência até domingo, devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas, e ao risco de incêndio.
OC