Fogos provocaram mais de 80 mortes e deixaram rasto de destruição
Atenas, 26 jul 2018 (Ecclesia) – A Cáritas de Atenas anunciou que vai promover uma recolha de fundo, nas celebrações eucarísticas de sábado e domingo, para auxiliar as vítimas dos incêndios que atingiram a região, provocando mais de 80 mortes, feridos, desaparecidos e elevados danos materiais.
“Todos nós temos de oferecer a nossa assistência, como sinal de amor e solidariedade com a dor, com as primeiras e imediatas necessidades de famílias e comunidades afetadas pela falta de comida, água e residência”, refere um comunicado divulgado hoje pela Cáritas grega.
A nota manifesta a solidariedade da Igreja Católica a todos os que foram atingidos pelos “devastadores incêndios”, convidando os fiéis a atuar “individualmente e em família”.
A Cáritas Portuguesa manifestou a sua solidariedade com a população da Grécia e mostrou-se disponível para apoiar a sua congénere helénica, “de forma a minimizar o sofrimento das famílias afetadas”.
Os dois principais incêndios florestais estão localizados em Kinetta (50 km a oeste de Atenas) e em Mati – Rafina – Penteli (35 km a leste de Atenas), onde o fogo atingiu o mar, incendiou casas, carros e propriedades.
O Papa Francisco mostrou-se “profundamente entristecido”, numa mensagem enviada às autoridades civis e eclesiais, manifestando a sua solidariedade a “todos os afetados por esta tragédia”.
Já o arcebispo católico de Atenas referiu que a região viveu um momento de “inferno” com os incêndios.
“Há responsabilidade humana, porque as construções na Grécia, principalmente na região de Ática, são muitas vezes irregulares. O Estado regulamenta, mas as cidades não são bem construídas e não existem vias de fuga em caso de incêndios ou enchentes. Por isso, também tivemos muitos afogamentos por causa das chuvas”, observou D. Sevastianos Rossolatos, em declarações ao portal de notícias do Vaticano.
OC