D. José Cordeiro informa que a Igreja está a «acudir às necessidades mais imediatas» e pede às pessoas para «evitarem o risco da sua vida»
Braga, 18 set 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga manifestou “solidariedade” com “todos aqueles que direta ou indiretamente estão a sofrer com esta calamidade” dos incêndios, que estão a “afetar muitos lugares” no território desta Igreja “e em muitos outros sítios do país”.
“Como também já o fez a Conferência Episcopal Portuguesa, queria aqui na arquidiocese manifestar a nossa solidariedade a todos aqueles que direta ou indiretamente estão a sofrer com esta calamidade. Nunca deveria acontecer”, disse D. José Cordeiro, numa mensagem em vídeo publicada nas redes sociais da Arquidiocese de Braga.
O arcebispo de Braga, que chegou esta terça-feira a Portugal de Quito, capital do Equador, onde participou no Congresso Eucarístico Internacional (8-15 de setembro), pôde observar que “a calamidade dos incêndios está a afetar muitos lugares na Arquidiocese e em muitos outros sítios do nosso país”.
“Ainda hoje pude comprovar isso com a delegação que chegou do Congresso Eucarístico Internacional 2024. De Lisboa até Braga viajamos de comboio, o centro e norte do país têm esta atmosfera de fumo, de cinza a encobrir o sol e que nos dá tanta tristeza, dor e sofrimento”, explicou no vídeo gravado no exterior.
D. José Cordeiro adianta que a Igreja, as comunidades e a Cáritas Arquidiocesana de Braga “estão a fazer também o possível para acudir às necessidades mais imediatas”, e estão nessa proximidade “juntamente com as autoridades civis, com os bombeiros”.
“Gostaríamos que as pessoas seguissem as recomendações para evitarem o risco da sua vida”, pede ainda o arcebispo de Braga no final da sua mensagem sobre os incêndios.
Sete pessoas morreram e pelo menos 40 ficaram feridas, na sequência dos incêndios que assolam o país desde domingo em Portugal continental, sobretudo nas regiões do centro e norte, e que atingiram algumas dezenas de habitações e obrigaram ao corte de estradas e autoestradas.
O Governo português declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios, anunciou o primeiro-ministro Luís Montenegro, esta terça-feira, após um Conselho de Ministros extraordinário que contou com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A Cáritas Portuguesa informou que está a acompanhar a atual situação dos incêndios em Portugal, “com natural preocupação e sentido de fraternidade”, e tem “todos os meios da rede nacional” disponíveis para apoiar a “emergência nacional”.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou também nesta terça-feira uma mensagem de solidariedade, unindo-se em oração e apelando a que “que haja um firme compromisso na prevenção”, e vários bispos diocesanos também escreveram mensagens, como o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, o bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, o bispo de Setúbal, cardeal D. Américo Aguiar, que é o capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses, e os bispos do Porto e de Viseu, respetivamente D. Manuel Linda e D. António Luciano.
CB/OC