Imigrantes não são meras estatísticas económicas

A Santa Sé defendeu nas Nações Unidas que as políticas internacionais e nacionais não podem considerar os emigrantes como simples estatísticas económicas, esquecendo as suas angústias e dificuldades. O Arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé, falou na última reunião do Conselho Económico e Social da ONU ocorrida em Nova Iorque, dedicada em particular à emigração de zonas rurais a centros urbanos, num momento em que pela primeira vez o número de habitantes de cidades supera os do campo. D. Migliores alertou para a grande tentação que sofrem alguns governos de promover ou tolerar este fenómeno, pois desta maneira se facilita o acesso a serviços básicos comuns, desde o transporte até a água potável, com repercussões certas para a economia. “Novos problemas ambientais, sociais e económicos surgem com o nascimento das ‘mega-cidades’. Mas a consequência mais importante e dolorosa da rápida urbanização é o aumento de pessoas que vivem nas faixas de pobreza”, indicou. “No ano de 2005, mais de 840 milhões de pessoas no mundo viviam nestas condições”, denunciou. O representante do Papa sublinhou que “ao enfrentar as questões da emigração e do desenvolvimento temos de pôr em primeiro lugar as necessidades e as preocupações das pessoas”. Nesse sentido, “as políticas nacionais e internacionais deveriam assegurar que as comunidades rurais tenham acesso a uma maior qualidade de vida e a mais serviços sociais”. Redacção/Zenit

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