António Rebelo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, evoca a primeira celebração da Imaculada Conceição em Portugal, no dia 8 de dezembro de 1320
Coimbra, 08 dez 2020 (Ecclesia) – António Rebelo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, afirmou que o início do culto da Imaculada Conceição, há 700 anos, é o culminar de um “grande movimento” de devoção a Nossa Senhora.
“A tradição da devoção a Nossa Senhora em Portugal, e de um modo geral na Península Ibérica, é muito antiga. Desde a cristianização, há referências a concílios onde se discutiam as celebrações festivas”, disse António Manuel Ribeiro Rebelo.
O professor da Faculdade de Letras, que integrou a Comissão Científica do colóquio que estudou, em outubro último, o culto da Imaculada Conceição na Diocese de Coimbra, lembrou que, com a reconquista cristã, “a fundação de novas igrejas eram dedicadas a Nossa Senhora”, primeiramente na evocação da Senhora da Assunção por se tratar da comemoração do dia da morte, quando os santos “nascem para a vida eterna”.
“Lentamente, sobretudo a nível da Península Ibérica, houve um grande movimento que culminou, no século XVII, com a instituição por D. João IV como Nossa Senhora Imaculada Conceição como padroeira do Reino”, afirmou.
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Num artigo publicado na revista ‘Estudos’, do Centro Académica de Democracia Cristã (CADC), António Manuel Ribeiro Rebelo faz uma relação entre o culto mariano e a bandeira da União Europeia, no simbolismo do fundo azul e das 12 estrelas.
“Quem concebeu a bandeira da União Europeia estava a pensar nas 12 estrelas marianas. Apesar do número de países ter aumentado, a bandeira não deixou de ter as 12 estrelas”, lembrou o professor da Faculdade de Letras da UC.
A Diocese de Coimbra assinala neste dia 8 de dezembro a primeira celebração da Imaculada Conceição com uma Eucaristia presidida pelo bispo diocesano, D. Virgílio Antunes, na Sé Velha; os 700 anos do culto da Imaculada Conceição vão ser assinalados também com a oração de Vésperas, da Liturgia das Horas, e o concerto “À Imaculada Conceição, Rainha de Portugal”.
No dia 17 de outubro de 1320 foi assinada em Coimbra a constituição diocesana que instituiu a festividade da Conceição de Maria por D. Raimundo Evrard, bispo diocesano há sete séculos; nesse mesmo ano, a 8 de dezembro, foi pela primeira vez celebrada em Portugal a Solenidade da Imaculada Conceição, na Sé Velha de Coimbra, que se tornou então o polo irradiador deste dogma mariano daquela que, a 25 de Março de 1646, viria a ser consagrada Rainha e Padroeira de Portugal.
O culto da Imaculada Conceição em Coimbra foi apresentado no programa 70×7 deste domingo; esta terça-feira, dia 8 de dezembro, António Rebelo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, recorda o culto da Imaculada Conceição em Portugal no programa Ecclesia, às 15h00, na RTP2.
HM/PR