Imaculada Conceição celebrada pelos portugueses em Roma

Foi com o tradicional “bem-vindos a Roma” que o reitor do Colégio Pontifício Português, padre José Cordeiro, de Bragança, acolheu os novos “emigrantes” portugueses chegados à cidade eterna para estudar nas Universidades Pontifícias ou trabalhar nas estruturas da Igreja.

O dia da Padroeira de Portugal, Imaculada Conceição, desde há décadas, é assinalado pela pequena comunidade portuguesa “romana” com um dia de encontro e acolhimento mútuo.

A comunidade lusa “religiosa” atualmente é constituída por uma centena de pessoas, entre bispos, sacerdotes diocesanos e religiosos, religiosas, consagrados e seminaristas. É nesta altura que se sabe quem chegou, de novo, à cidade e quem, terminada sua tarefa, regressou à sua diocese ou partiu para outras missões, como acontece com as Congregações Missionárias.

Sem dúvida, uma comunidade muito marcada pela mobilidade e dispersão onde esta celebração do dia da Padroeira adquire o significado de ritual de acolhimento na fé e língua.

O encontro começou com uma refeição, conforme rigorosa ementa lusitana, partilhada no Colégio Lusitano na Urbe e concluiu-se com a celebração solene da Eucaristia na Igreja de Santo António dos Portugueses, no centro da capital.

A missa foi presidida pelo arcebispo Manuel Monteiro de Castro, secretário da Congregação para os Bispos que durante a homilia – em português e italiano – evocou a presença “histórica” da devoção da Nação a Maria, desde os alvores da Nacionalidade Portuguesa (1128) à Primeira República (1910).

O sentido da solenidade litúrgica da Conceição Imaculada de Maria – disse ainda o prelado – “convida-nos a viver com intensidade a busca do desígnio de Deus sobre a vida e sobre nação e a aceitar com confiança, como Maria, o caminho que Deus nos propõe para cumprir sua vontade salvífica no mundo”.

No final da missa, Mons. Agostinho Borges, de Vila Real, reitor da Igreja e do Instituto de S. António dos Portugueses, agradeceu a presença dos dois embaixadores portugueses – junto da Santa Sé e da República Italiana – que com suas consortes, conselheiros e duas centenas de cristãos portugueses e italianos honraram Maria numa das mais belas igrejas do centro histórico de Roma. Igreja onde, desde há dois anos, o seu orgão de tubos é santuário de cultura para os peregrinos amantes da música (www.ipsar.org).

A cerimónia, em ano do centenário da República, terminou com o tradicional canto “Hossana, hossana, Rainha de Portugal”. 

Rui Pedro

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