Imaculada Conceição: Bispo do Algarve afirma que caminho de Maria «ilumina igualmente este tempo de pandemia»

«Maria abriu a humanidade e o mundo ao Advento do Deus Redentor» – D. Manuel Quintas

Faro, 09 dez 2020 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse que “Maria abriu a humanidade e o mundo ao Advento do Deus Redentor” e “ilumina igualmente este tempo de pandemia”, falando na Missa da solenidade da Imaculada Conceição que presidiu, na Sé de Faro.

“Este é verdadeiramente um tempo de prova e de superação dos nossos temores; de verificar os alicerces da fé que nos guia no meio desta tempestade e nos abre à esperança; de discernir sobre o que é essencial e secundário; de analisar o modo como estamos a viver a nossa relação com Deus, com os outros, com o mundo”, afirmou D. Manuel Quintas, informa o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

Segundo o bispo do Algarve, o caminho percorrido por Maria “ilumina igualmente este tempo de Pandemia que, direta ou indiretamente, a todos atinge”.

D. Manuel Quintas assinalou que este tempo, “apesar da angústia que nos provoca e do receio que por vezes nos incute”, deve ser acolhido “como um tempo privilegiado para parar, discernir, ponderar e avaliar”, e também para decidir, “à luz do Espírito, sobre o que é verdadeiramente essencial, numa vida renovada pelo amor de Deus, acolhido e assumido de modo mais consciente neste tempo de preparação para a celebração do Natal”.

No contexto da pandemia provocada pelo coronavírus Covid-19, desejou também que os cristãos se esforcem por acolher a “todos como irmãos”, “particularmente os que mais precisam e mais reclamam”, numa alusão à última encíclica do Papa ‘Fratelli Tutti’ (Todos Irmãos).

“Em tempo de pandemia, que nos revela a fragilidade da nossa condição humana e o quão importantes e necessários somos uns para os outros”, desenvolveu, rezando uma oração pelos doentes, moribundos e falecidos, pelos que por eles choram, pelos cientistas e investigadores, pelos profissionais de saúde, pelos governantes e por toda a família humana.

Na homilia da solenidade da Imaculada Conceição, o bispo do Algarve explicou que pelo «sim» de Maria, “a Palavra de Deus entra na história da humanidade”: “Em Jesus, Verbo de Deus encarnado, se inaugura um tempo novo de graça e liberdade para todos os filhos de Deus”.

“Maria é, por excelência, a mulher do Advento, a Mãe, companheira e amparo seguro neste caminho que a Igreja percorre, em cada um dos seus membros, na preparação do encontro com o Senhor, que vem. Maria indica-nos o caminho do próprio Jesus, fonte de alegria e de esperança”, desenvolveu.

D. Manuel Quintas destacou o contraste da “obediência de Maria”, como “expressão de fé, confiança filial, descentramento de si mesma e abandono”, com “o caminho da desobediência e da rejeição do projeto de Deus” de Eva.

O responsável católico explicou que o “«sim» diante da Palavra de Deus, como Maria” de cada um “não significa diminuir a liberdade, diluir a própria identidade e dignidade pessoal”, mas “entregar-se, com autonomia e liberdade ao projeto de salvação de Deus para toda a humanidade”.

O jornal ‘Folha do Domingo’, da Diocese do Algarve, informa que a Eucaristia foi precedida pela oração do Terço da Vida Nascente, com oração pelas “mães grávidas”, pelos que estão “ao serviço da vida e acompanham com amor tantas situações delicadas e de risco para os nascituros”, por “todas as mães e pais” e “por todas as mulheres que se viram forçadas ou optaram pelo desencontro com a vida nascente dos seus filhos”.

CB

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